Atividade 2 – Conversa Telefônica
O deixado na soleira
Pronto.
Teo, por favor.
Sou eu.
Hei, cara, tô numa fria!
Que foi, meu?
Justamente hoje...
Fala, cara!
Eu, eu... não fui eu...
Ta me assustando!
Eu ainda estava no banheiro...
Nilo! Diz logo de uma vez.
Achei que era você.
Eu? Eu o quê?
Calma, deixa eu falar!
Não me complica.
Deixa disso, parece que tem consciência pesada!
De ontem?
Não.
Então, quando?
Ouvi a campainha e...
Fui eu.
VOCÊ?
É fui pegar o pão e resolvi te acordar...
O pão tava lá.
Não, na padaria aqui do lado.
Como assim?
Quer dizer...
Não, não muda de conversa não...
Estava na soleira.
Meu pão?
Hei, que pão, to falando do cadáver!
CADÁVER?
É.
Onde?
Aqui.
O que você fez, Nilo?
Só olhei e não vi ninguém...
To falando do presunto.
Que presunto, Teo?
Oras, em quem você deu cabo.
Não dei cabo não, apareceu sem mais nem menos...
Conta isso direito!...
Que amigo você é? Desconfiando de mim?
Você vem ou não ver isso aqui?
To saindo, viatura 999.
(AS MENINAS)
leitura
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
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3 comentários:
vocês estão demonstrando muito interesse e estão com a escritas de textos bem organizadas. Abraços.
Parabéns pelo texto, meninas, muito criativo e original, senti falta dos travessões nas falas. Bjs, Tamar.
A ausência de travessão nas falas neste tipo de texto foi proposital para pressionar a seqüência de fala de duas imagens (olofote}em um só espaço: (ambiente do Nilo e ambiente do Teo, simultaneamente}.
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