O jovem oleiro
Havia uma cidade onde todos eram pedreiros.Todos os dias, cada habitante saía, com a matula e a marmita, e ia arrumar a casa de um vizinho. Voltava à noitinha, cansado, e encontrava a sua casa diferente. E assim todos viviam ocupados, pois um queria ser melhor que o outro, e este, um terceiro, e assim por diante, até que se chegava ao último, que parecia com o primeiro. O comércio naquela cidade só era praticado como colaboração, tanto por quem saía como por quem chegava. O prefeito era o único que não praticava nenhuma ação, passava o tempo a meditar. E os outros por sua vez só se preocupavam em colaborar para o bem estar do prefeito. Assim a vida prosseguia, o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre e nem havia desconfiança de ninguém, porque a preocupação era construir, reconstruir e construir.Ora, não se sabe como, ocorre que na cidade apareceu um oleiro. De manhã, em vez de sair com a matula e a marmita, ficava a olhar cada um a trabalhar e anotava tudo o que acontecia. Vinham os pedreiros, viam a prancheta e percebiam a concentração do oleiro, porém não se preocupavam. Essa situação durou muito tempo que foi preciso procurar o prefeito para fazê-lo compreender que, havia alguém que não fazia nada. Porém, o oleiro escrevia “... essa cidade vivia em razão de nada, não era essa uma boa ação para deixar aos outros, teriam uma constrangedora visão...”
Diante desses argumentos, o oleiro escritor também começou a sair de manhã e voltar à noitinha, mas não ia mais olhar para escrever. Era oleiro, queria algo diferente para anotar. Andava de um lado para outro. Voltava para casa e a encontrava tudo diferente, e sem nenhuma novidade. Em menos de uma semana o homem oleiro ficou muito perturbado com a situação e resolveu fabricar tijolos com palavras.
Quando os moradores tocavam no tijolo liam, mas não entendiam nada e continuavam a lida. Até que, passado algum tempo, o oleiro foi descoberto: estava trabalhando também. Com a atividade do oleiro, os que ajudavam o prefeito, dele se esqueceram. O pobre perdeu tudo. Deixou de sua casa o povo tomar conta e pelas ruas pôs-se a andarilhar. A fome e a sede que não conhecia, fizeram agora do prefeito companhia sagaz. Nessas idas e vindas, encontraram-se o oleiro e o prefeito. A cidade toda parou. E agora? Qual seria a colaboração? Todos queriam saber qual troca , era o costume do lugar. O oleiro ofereceu vários tijolos com diferentes palavras em cada um. O prefeito deu-se por conta que tinha a imaginação. A construção passa a ser diferente, todos contribuíam num objetivo comum: combinar cada tijolo para alegrar ao prefeito e dar ao oleiro a oportunidade de elaborar o seu texto.
O tempo foi passando, com a amizade entre o oleiro e o prefeito criavam-se longos fios que se cruzaram em fita. O jovem oleiro via ali a bela cidade construída no laço do amor perfeito: a leitura e a escrita.
Fátima Esther da Silva Ferraz
Havia uma cidade onde todos eram pedreiros.Todos os dias, cada habitante saía, com a matula e a marmita, e ia arrumar a casa de um vizinho. Voltava à noitinha, cansado, e encontrava a sua casa diferente. E assim todos viviam ocupados, pois um queria ser melhor que o outro, e este, um terceiro, e assim por diante, até que se chegava ao último, que parecia com o primeiro. O comércio naquela cidade só era praticado como colaboração, tanto por quem saía como por quem chegava. O prefeito era o único que não praticava nenhuma ação, passava o tempo a meditar. E os outros por sua vez só se preocupavam em colaborar para o bem estar do prefeito. Assim a vida prosseguia, o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre e nem havia desconfiança de ninguém, porque a preocupação era construir, reconstruir e construir.Ora, não se sabe como, ocorre que na cidade apareceu um oleiro. De manhã, em vez de sair com a matula e a marmita, ficava a olhar cada um a trabalhar e anotava tudo o que acontecia. Vinham os pedreiros, viam a prancheta e percebiam a concentração do oleiro, porém não se preocupavam. Essa situação durou muito tempo que foi preciso procurar o prefeito para fazê-lo compreender que, havia alguém que não fazia nada. Porém, o oleiro escrevia “... essa cidade vivia em razão de nada, não era essa uma boa ação para deixar aos outros, teriam uma constrangedora visão...”
Diante desses argumentos, o oleiro escritor também começou a sair de manhã e voltar à noitinha, mas não ia mais olhar para escrever. Era oleiro, queria algo diferente para anotar. Andava de um lado para outro. Voltava para casa e a encontrava tudo diferente, e sem nenhuma novidade. Em menos de uma semana o homem oleiro ficou muito perturbado com a situação e resolveu fabricar tijolos com palavras.
Quando os moradores tocavam no tijolo liam, mas não entendiam nada e continuavam a lida. Até que, passado algum tempo, o oleiro foi descoberto: estava trabalhando também. Com a atividade do oleiro, os que ajudavam o prefeito, dele se esqueceram. O pobre perdeu tudo. Deixou de sua casa o povo tomar conta e pelas ruas pôs-se a andarilhar. A fome e a sede que não conhecia, fizeram agora do prefeito companhia sagaz. Nessas idas e vindas, encontraram-se o oleiro e o prefeito. A cidade toda parou. E agora? Qual seria a colaboração? Todos queriam saber qual troca , era o costume do lugar. O oleiro ofereceu vários tijolos com diferentes palavras em cada um. O prefeito deu-se por conta que tinha a imaginação. A construção passa a ser diferente, todos contribuíam num objetivo comum: combinar cada tijolo para alegrar ao prefeito e dar ao oleiro a oportunidade de elaborar o seu texto.
O tempo foi passando, com a amizade entre o oleiro e o prefeito criavam-se longos fios que se cruzaram em fita. O jovem oleiro via ali a bela cidade construída no laço do amor perfeito: a leitura e a escrita.
Fátima Esther da Silva Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário