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terça-feira, 30 de outubro de 2007
LIVRO ESCOLHIDO
LIVRO: Linguagem - Criação e Interação
AUTORAS: Cassia Garcia de Souza e Marcia Paganini Cavéquia
SÉRIE: 8ª
EDITORA: Editora Saraiva - 3ª Edição São Paulo - 2004
Atividade escolhida: Produção de Texto - Criação de um Jornal
páginas 197 a 200.
AUTORAS: Cassia Garcia de Souza e Marcia Paganini Cavéquia
SÉRIE: 8ª
EDITORA: Editora Saraiva - 3ª Edição São Paulo - 2004
Atividade escolhida: Produção de Texto - Criação de um Jornal
páginas 197 a 200.
CONCEITO DE TEMPO (cientificamente)
TEMPO: ESSE VELHO ESTRANHO CONHECIDO
André Ferrer P. Martins e João Zanetic
O tempo veste um traje diferente para cada papel que desempenha em nosso pensamento. John Wheeler
Existe um tempo único real, que flui do passado em direção ao futuro, e que rege de algum modo os fenômenos do Universo? Seria o tempo, por outro lado, apenas uma criação da nossa consciência, uma estrutura que projetamos sobre os fenômenos a fim de interpretá-los? Ou seria ele uma relação entre coisas, concebido, medido e determinado a partir dos próprios fenômenos físicos? E mais: o que é o agora? Havia tempo antes do Big Bang? Etc etc etc.
Qualquer pessoa não familiarizada com a história da Física muitas vezes imagina que essa ciência tem nas suas bases conceitos definitivamente elucidados. O tempo certamente seria um deles. Mas, como perceberemos pela leitura deste breve artigo, o conceito de tempo tem uma longa história que parece muito longe de seu final.
COMO O TEMPO ENTRA NA HISTÓRIA?
Embora a idéia do fluir do tempo esteja conosco desde o começo dos tempos – seja lá o que isso significa – aqui nos interessa o início da sua conceituação e medida. E isso deve ter ocorrido no período neolítico quando, devido à necessidade de produzir mais alimentos, provocada pela concentração de grupos humanos, surgem nas terras férteis encontradas às margens dos grandes rios as civilizações da Mesopotâmia, Egito, Suméria, entre outras.
Ao lado das benesses oferecidas pelos rios, essas populações sofriam quando ocorriam grandes inundações que tinham terríveis conseqüências. Os egípcios chegaram a construir os nilômetros, que marcavam a altura do rio, para poder prever a ocorrência de inundações perigosas. Aos poucos essas populações foram aprendendo a associar o ciclo de fertilidade do solo, fundamental para a nascente agricultura, ao movimento cíclico dos corpos celestes. Dessa forma tornou-se possível medir os grandes intervalos de tempo a partir da construção de calendários, o que possibilitava prever as épocas da enchente, da semeadura e da colheita, nomes das primeiras estações do ano.
Assim, a repetição do dia e da noite, as fases da lua, o movimento do sol, das estrelas, e das estrelas errantes ou planetas, forneceram para essas diferentes civilizações diversos modos de efetuar a medida do passar do tempo. Platão fez o seguinte comentário sobre esse desenvolvimento:
"Se nunca tivéssemos visto as estrelas, o sol e o céu, nenhuma das palavras que pronunciamos sobre o Universo teria sido dita. Mas a visão do dia e da noite, e dos meses, e as revoluções dos anos, criaram um número e nos deram uma concepção do tempo, e o poder de indagar sobre a natureza do Universo." (1).
Na antiguidade o tempo vai ser estudado, entre outros, pelos gregos do século IV aC: Platão, que concebe o tempo contínuo produzido pela rotação dos corpos celestes, e Aristóteles, que pensa o tempo como um coadjuvante no estudo do movimento. E, na Idade Média, podemos destacar Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274), que concebem que o tempo foi criado junto com o Universo. Já no início do século XVII, no alvorecer da física clássica, encontramos Galileu (1564-1642) que, rompendo com a física aristotélica, incorpora definitivamente o tempo como protagonista no estudo – agora matematizado – do movimento, abrindo o caminho para o espaço e o tempo newtonianos.
TEMPO ABSOLUTO X TEMPO RELATIVO: ORIGENS MAIS RECENTES
A bem conhecida metáfora do espaço e do tempo compondo o palco onde se desenrolam os fenômenos físicos sintetiza com fidelidade o papel por eles desempenhado no teatro newtoniano do mundo. Para Isaac Newton (1642-1727), espaço e tempo têm existência independente dos objetos e dos fenômenos físicos. Além disso, ele diferencia nos Principia tempo absoluto de tempo relativo, sendo o último uma medida do primeiro:
"I - O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e da sua própria natureza, flui uniformemente sem relação com qualquer coisa externa e é também chamado de duração; o tempo relativo, aparente e comum é alguma medida de duração perceptível e externa (seja ela exata ou não uniforme) que é obtida através do movimento e que é normalmente usada no lugar do tempo verdadeiro, tal como uma hora, um dia, um mês, um ano." (2).
Assim, o tempo absoluto de Newton, que não tem relação com qualquer coisa externa, é uma pura abstração. É interessante, também, notar como a noção de um fluir uniforme permanece, até os nossos dias, bastante presente na visão comum sobre o tempo. Contemporâneo de Newton, Gottfried W. Leibniz (1646-1716) contrapôs-se a essa visão, defendendo que o tempo não poderia ter existência independente das coisas materiais. O tempo deveria ser algo relativo, e não absoluto, pois o concebemos a partir da ordem sucessiva das coisas. Em uma longa correspondência mantida durante os anos de 1715 e 1716 com Samuel Clarke, discípulo de Newton, Leibniz trata dessa e de outras questões referentes ao seu pensamento filosófico e religioso:
"Quanto a mim, deixei assentado mais de uma vez que, a meu ver, o espaço é algo puramente relativo, como o tempo; a saber, na ordem das coexistências, como o tempo na ordem das sucessões. De fato, o espaço assinala em termos de possibilidade uma ordem das coisas que existem ao mesmo tempo, enquanto existem junto, sem entrar em seu modo de existir. E quando se vêem muitas coisas junto, percebe-se essa ordem das coisas entre si." (3).
Leibniz é considerado um precursor das críticas ao tempo absoluto da mecânica, retomadas no século XIX por Ernst Mach (1838-1916), cuja obra influenciou fortemente o pensamento de Einstein.
Mach publicou em 1883 um importante tratado sobre o desenvolvimento histórico da mecânica, no qual a possibilidade de um tempo absoluto é negada. Para o cientista alemão, a própria idéia de tempo é uma abstração, à qual chegamos pela variação das coisas. Não podemos afirmar, por exemplo, que o movimento de um pêndulo ocorre no tempo. Percebemos esse movimento quando comparamos as sucessivas posições do pêndulo com outros pontos (na Terra, por exemplo). Ainda que esses pontos não existissem, a comparação seria possível por meio de nossos pensamentos e sensações, que seriam diferentes em cada momento. Para Mach, a nossa representação do tempo surge a partir de uma correspondência entre o conteúdo de nossa memória e o conteúdo de nossa percepção.
Em sintonia com isso, um movimento só seria interpretado como uniforme quando comparado a outro movimento, também uniforme:
"A questão de que um movimento seja uniforme em si não tem nenhum sentido. Muito menos podemos falar de um "tempo absoluto" (independente de toda variação). Este tempo absoluto não pode ser medido por nenhum movimento, não tem pois nenhum valor prático nem científico; ninguém está autorizado a dizer que sabe algo dele; não é senão um ocioso conceito metafísico." (4).
Mach não endereçava suas críticas somente aos conceitos de espaço e tempo da mecânica de Newton, mas pretendia reformular toda a ciência da mecânica a partir apenas de conceitos relacionais, ou seja, que não envolvessem quantidades absolutas.
O TEMPO NA TEORIA DA RELATIVIDADE Não foi no contexto de uma crítica a esses conceitos que surgiu o conceito de tempo relativo em 1905, com a Teoria da Relatividade Especial (TRE) de Albert Einstein (1879-1955). O problema original de Einstein era compatibilizar o eletromagnetismo clássico, na formulação de Maxwell-Lorentz, com o princípio da relatividade da mecânica, segundo o qual as leis da Física devem ser invariantes segundo uma transformação de coordenadas entre sistemas inerciais de referência. Ao buscar uma solução para esse problema, Einstein estabeleceu como postulado básico a constância da velocidade da luz no vácuo (c), conforme medida por qualquer sistema de referência inercial. Isso o levou a redefinir espaço e tempo para tornar essa premissa – e as equações de Maxwell – compatíveis com o princípio da relatividade. Surge a partir daí uma nova entidade: o espaço-tempo. Nele, medidas de tempo ou espaço não podem mais ser consideradas independentemente.
Consideremos, por exemplo, um determinado evento com coordenadas espaço-temporais (x,y,z,t) relativas a um referencial inercial K. As coordenadas (x',y',z',t') desse mesmo evento, relativas a outro sistema de referência inercial K', que se desloca com velocidade constante V em relação ao primeiro sistema, não obedecerão mais as Transformações de Galileu da mecânica clássica, mas sim as Transformações de Lorentz (ver box Mecânica clássica x relatividade). O intervalo de tempo entre dois eventos, medido num dos sistemas de referência, deixa de ser absoluto. Isso leva a uma relativização do conceito de simultaneidade, que passa a depender do sistema de referência do observador. Com essas novas idéias, Einstein introduz a dilatação do tempo:
"Consideremos agora um relógio que marque segundos e que se encontra em repouso no ponto inicial (x' = 0) de K'. Consideremos t' = 0 e t' = 1 duas batidas consecutivas deste relógio. Para estas duas batidas, a [quarta equação] das transformações de Lorentz [fornece]:
Observado a partir de K, o relógio está em movimento com a velocidade V; em relação a este corpo de referência, entre duas de suas batidas transcorre não um segundo, mas sim segundos, portanto um intervalo de tempo um pouco maior.
Como conseqüência do seu movimento, o relógio anda um pouco mais lento do que no estado de repouso." (5).
Dessa forma, a TRE problematizou nossa noção senso comum de presente. O que é o agora se o tempo é relativo? O que é passado e futuro se eventos que já ocorreram num referencial ainda não foram detectados em outro?
Por outro lado, o espaço-tempo é afetado pela presença da matéria. Para incorporar a gravitação no contexto da Relatividade, Einstein apresenta em 1916 sua Teoria da Relatividade Geral (TRG) que, entre outras coisas, estabelece a equivalência entre movimentos acelerados e a presença de campos gravitacionais. Nesse novo contexto, a estrutura do espaço-tempo é dada por sua métrica, sendo esta afetada pelo conteúdo material do Universo, ou seja, já não se pode fazer uma distinção entre conteúdo e continente (o que era válido tanto na mecânica clássica quanto na TRE).
A TRG prevê uma outra dilatação do tempo na presença de um campo gravitacional. Relógios (ou processos atômicos) próximos à superfície da Terra, por exemplo, andam mais lentamente do que outros situados a grandes altitudes. Embora neste caso a diferença seja bastante pequena, experimentos para detectar tal variação já foram realizados com sucesso. No entanto, as principais conseqüências e aplicações da TRG encontram-se no âmbito da cosmologia.
Os diversos modelos cosmológicos surgidos com a TRG levam a teorias e especulações sobre a origem do tempo e a idade do Universo. Dentro do chamado modelo padrão, que estabelece a existência de um Big Bang há cerca de 15 (20? 10?) bilhões de anos, a partir do qual o Universo conhecido iniciou uma expansão que perdura até hoje, questiona-se se o próprio tempo nasceu na grande explosão.
Outro aspecto bastante explorado, principalmente em artigos e livros de divulgação, é o fato da TRG não proibir as chamadas viagens no tempo, ou seja, deformações espaço-temporais que permitam a um viajante (uma partícula subatômica, por exemplo) percorrer uma trajetória (do tipo-tempo) fechada. Essa possibilidade teórica remete-nos imediatamente a paradoxos que desafiam nossa interpretação, como a possibilidade de alteração do passado.
UM POUCO SOBRE IRREVERSIBILIDADE Se em nosso dia-a-dia sabemos que o tempo não volta atrás, as teorias físicas parecem relutar a dar uma explicação consensual a esse respeito. A Mecânica Clássica, a Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica são teorias reversíveis temporalmente, ou seja, teorias cujas estruturas matemáticas não fazem distinção entre t e –t. Dito de outro modo, isso significa que se filmássemos um sistema puramente mecânico, por exemplo, como um pêndulo que oscila sem atrito, e exibíssemos o filme de trás para frente, seríamos incapazes de diferenciar as duas situações (ambas obedeceriam às mesmas leis físicas). De modo semelhante, as equações de Maxwell também não distinguem o passado do futuro, permitindo que ondas eletromagnéticas avancem ou retrocedam no tempo sem distinção. Um átomo que absorve um fóton pode ser visto como o inverso temporal de um átomo que emite um fóton. Etc.
Também um dos princípios mais fundamentais da Física – o da conservação da energia – não diferencia um sentido preferencial para o tempo. Se víssemos os pedaços de uma xícara, que se quebrou ao cair da mesa, juntarem-se espontaneamente e reconstituírem-na, isso não violaria em nada o princípio de conservação da energia. O que nos faz, então, diferenciar o passado do futuro, e atribuir uma irreversibilidade aos fenômenos físicos?
Historicamente, a irreversibilidade sempre esteve associada à 2ª Lei da Termodinâmica e à idéia de entropia (grandeza vinculada ao número de microestados de um sistema compatíveis com um determinado macroestado, e cujo valor sempre cresce na direção do equilíbrio termodinâmico). Segundo uma tradição que se iniciou no século XIX com Ludwig Boltzmann (1844-1906), considerado o fundador da mecânica estatística, e continuou ao longo do século XX, principalmente nos trabalhos de Hans Reichenbach e Adolf Grünbaum, o aumento da entropia nos sistemas chamados quase-isolados, e a conseqüente irreversibilidade física, podem ser explicados por considerações de natureza probabilística: haveria uma maior probabilidade de ocorrência de determinados estados microscópicos compatíveis com a evolução futura do sistema no sentido da entropia crescente, em contraposição a uma probabilidade quase nula de ocorrência de outros estados, correspondentes a um conjunto de condições iniciais preciso, que levasse à reversibilidade.
Mais modernamente, o estudo dos sistemas dissipativos e da termodinâmica, longe do equilíbrio, trouxe novas idéias para o centro desse debate. Os defensores da irreversibilidade afirmam que as equações não-lineares que regem tais sistemas introduzem uma flecha do tempo, e que há correlações (no nível microscópico) que permitiriam descrever de forma assimétrica (em relação ao tempo) os sistemas mais elementares tratados pela mecânica estatística.
Seria a flecha do tempo resultado de algum processo mais elementar na natureza? A Física de Partículas Elementares parece responder sim a essa indagação. Ao menos é o que indica o estudo de um tipo de méson criado em colisões nucleares, chamado káon. O káon neutro (ou K0) transforma-se espontaneamente na sua antipartícula (antikáon ou K-0), e vice-versa. Embora a transformação káon-antikáon seja simétrica à transformação antikáon-káon, o káon permanece mais tempo como antikáon do que como káon. Essa assimetria sugere a existência de uma flecha do tempo no mundo das partículas elementares, privilegiando um dos processos de decaimento ao invés do outro. Os físicos nucleares afirmam que isso poderia, inclusive, explicar o predomínio no Universo da matéria sobre a antimatéria.
Vejam a que ponto chegamos em nossa discussão! A questão do tempo na física é tão fundamental e vasta que abrange praticamente todas as suas subáreas, da Física de partículas à cosmologia. E, é claro, transcende a própria Física, instigando filósofos, e alimentando o imaginário de poetas, escritores e artistas em geral. É o sempre eterno mistério do tempo...
E O MUNDO QUÂNTICO?
Tempo e energia compõem uma das relações de incerteza de Heisenberg (DEDt ³ h/2), desigualdade para a qual há diversas interpretações, todas de acordo com a idéia mais geral de que estas grandezas não podem ser, simultaneamente, conhecidas com precisão arbitrária.
O indeterminismo quântico, expresso nessa relação, deixa sem resposta questões do tipo: quanto tempo leva um elétron para ir de um nível de energia a outro? Quando ele salta? O princípio da incerteza não nos permite observar o átomo no momento exato de um decaimento, nem determinar sua duração. A teoria fornece a duração média de um estado excitado, mas não diz quando um átomo específico irá decair. E não podemos esquecer que tudo o que pode ser dito no mundo quântico refere-se ao que pode ser medido, segundo arranjos experimentais determinados. Quando falamos do tempo, por exemplo, devemos ter em mente relógios reais, também sujeitos à imprecisão quântica.
Embora o indeterminismo também se aplique ao tempo, cabe apontar que ele é um parâmetro numérico no formalismo quântico, diferentemente de outros observáveis (como posição, momento e energia), representados na teoria por operadores.
Uma outra questão que envolve a noção temporal na mecânica quântica diz respeito aos chamados "efeitos não-locais", cuja origem histórica pode ser considerada a apresentação do paradoxo de Einstein, Podolsky e Rosen (EPR) em 1935, clímax do famoso debate Einstein-Bohr sobre os fundamentos da teoria quântica. No argumento teórico de EPR, dois sistemas quânticos que interagiram no passado encontram-se agora separados por uma grande distância. O paradoxo consistiria no fato de que a modificação de um dos sistemas implica uma mudança instantânea (Dt = 0) do outro, o que significaria uma transmissão de informação a uma velocidade maior do que c, contradizendo a Teoria da Relatividade.
Entretanto, resultados experimentais recentes evidenciaram que o tipo de correlação não-local parece ocorrer de fato. Arranjos experimentais denominados "apagadores quânticos" lidam com efeitos não-locais absolutamente estranhos a nossa intuição comum, onde parece ser possível alterar o passado.
A MEDIDA DO TEMPO
O nosso padrão de medida do tempo, que desde a antiguidade tinha como referência o movimento de rotação da Terra (1 segundo = 1/86.400 de um dia), passou, com o advento dos relógios atômicos em meados do século passado, a ser referenciado no mundo sub-microscópico regido pelas leis quânticas. Em 1967 o segundo foi redefinido como sendo igual a 9.192.631.770 períodos da radiação emitida ou absorvida na transição entre dois níveis hiperfinos do átomo de Césio-133.
Num relógio atômico típico, utiliza-se um campo magnético apropriado para selecionar, de um feixe de vapor de Césio, aqueles átomos capazes de absorver microondas de uma dada freqüência fundamental v0. Após atravessar o campo de microondas, os átomos que sofreram a transição desejada são desviados por outro campo magnético em direção a um detector. Um circuito de retro-alimentação é usado para maximizar o número de átomos que chegam ao detector, regulando a freqüência de microondas cada vez que esse número diminui. Dessa forma, essa freqüência é mantida ajustada, dentro da maior precisão possível, àquela freqüência v0. Acopla-se a esse campo de microondas um dispositivo eletrônico (divisor de freqüências) que, essencialmente, faz a contagem dos pulsos, gerando pulsos temporais. Dessa forma, por mais distante que isso possa parecer de uma compreensão senso comum do que é um segundo, estabelece-se a relação 9.192.631.770 períodos da radiação = 1 segundo (uma série de experimentos realizados entre 1955 e 1958 relacionou a freqüência v0 com o segundo, conforme definido astronomicamente à época).
Em diversos laboratórios espalhados ao redor do mundo, relógios atômicos formam (e controlam) uma escala de tempo chamada Tempo Atômico Internacional (TAI). A coordenação de um tempo internacional, baseado nessa escala, é de responsabilidade do Bureau Internacional de Pesos e Medidas, sediado na França. Há ainda outras escalas de tempo, baseadas no movimento de rotação da Terra, e que são mantidas coordenadas com o TAI por meio de uma outra escala, denominada Tempo Universal Coordenado (UTC).
André Ferrer P. Martins é mestre em Ensino de Física, da FEUSP/IFUSP
João Zanetic é professor do IFUSP e doutor em Educação pela FEUSP
Notas e referências
1 Ferris, T. O despertar da via láctea. Campus: Rio de Janeiro,1990, , p. 3.
2 Newton, I. Principia: princípios matemáticos de filosofia natural - Vol.I (Trad. Trieste Ricci et al.), São Paulo: Nova Stella / EDUSP, 1990, pp. 6-7.
3 Leibniz, G.W. Correspondência com Clarke - coleção "Os pensadores" (Trad. Carlos Lopes de Mattos), São Paulo: Abril Cultural, 2ª edição, 1983, p. 177.
4 Mach, E. Desarrollo historico-critico de la mecanica (Trad. Jose Babini), Buenos Aires: Espasa - Calpe, 1949, p.190 – tradução nossa.
5 Einstein, A. A teoria da relatividade especial e geral (Trad. Carlos Almeida Pereira), Rio de Janeiro: Contraponto, 1999, pp. 36-7.
Bibliografia consultada
Martins, A.F.P. O ensino do conceito de tempo: contribuições históricas e epistemológicas (Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, IFUSP/FEUSP, São Paulo, 1998).
Davies, P. O enigma do tempo (Trad. Ivo Korytowski), Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Itano, W. M. E Ramsey, N. F. Scientific American 269, 46, 1993.
Na internet: http://www.nist.gov/ ; http://www.bipm.org/ ; http://www.inmetro.gov.br/
Outros livros de interesse:
Coveney, P. E Highfield, R. A flecha do tempo (Trad. J. E. Smith Caldas), São Paulo: Siciliano, 1993.
Hawking, S.W. Breve história do tempo (Trad. Ribeiro da Fonseca), Lisboa: Gradiva, 4ª edição, 1996.
Prigogine, I. E Stengers, I. Entre o tempo e a eternidade (Trad. Roberto L. Ferreira), São Paulo: Cia das Letras, 1992.
Whitrow, G.J. O tempo na história: concepções do tempo da pré-história aos nossos dias (Trad. Maria Luiza X. de A. Borges), Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
André Ferrer P. Martins e João Zanetic
O tempo veste um traje diferente para cada papel que desempenha em nosso pensamento. John Wheeler
Existe um tempo único real, que flui do passado em direção ao futuro, e que rege de algum modo os fenômenos do Universo? Seria o tempo, por outro lado, apenas uma criação da nossa consciência, uma estrutura que projetamos sobre os fenômenos a fim de interpretá-los? Ou seria ele uma relação entre coisas, concebido, medido e determinado a partir dos próprios fenômenos físicos? E mais: o que é o agora? Havia tempo antes do Big Bang? Etc etc etc.
Qualquer pessoa não familiarizada com a história da Física muitas vezes imagina que essa ciência tem nas suas bases conceitos definitivamente elucidados. O tempo certamente seria um deles. Mas, como perceberemos pela leitura deste breve artigo, o conceito de tempo tem uma longa história que parece muito longe de seu final.
COMO O TEMPO ENTRA NA HISTÓRIA?
Embora a idéia do fluir do tempo esteja conosco desde o começo dos tempos – seja lá o que isso significa – aqui nos interessa o início da sua conceituação e medida. E isso deve ter ocorrido no período neolítico quando, devido à necessidade de produzir mais alimentos, provocada pela concentração de grupos humanos, surgem nas terras férteis encontradas às margens dos grandes rios as civilizações da Mesopotâmia, Egito, Suméria, entre outras.
Ao lado das benesses oferecidas pelos rios, essas populações sofriam quando ocorriam grandes inundações que tinham terríveis conseqüências. Os egípcios chegaram a construir os nilômetros, que marcavam a altura do rio, para poder prever a ocorrência de inundações perigosas. Aos poucos essas populações foram aprendendo a associar o ciclo de fertilidade do solo, fundamental para a nascente agricultura, ao movimento cíclico dos corpos celestes. Dessa forma tornou-se possível medir os grandes intervalos de tempo a partir da construção de calendários, o que possibilitava prever as épocas da enchente, da semeadura e da colheita, nomes das primeiras estações do ano.
Assim, a repetição do dia e da noite, as fases da lua, o movimento do sol, das estrelas, e das estrelas errantes ou planetas, forneceram para essas diferentes civilizações diversos modos de efetuar a medida do passar do tempo. Platão fez o seguinte comentário sobre esse desenvolvimento:
"Se nunca tivéssemos visto as estrelas, o sol e o céu, nenhuma das palavras que pronunciamos sobre o Universo teria sido dita. Mas a visão do dia e da noite, e dos meses, e as revoluções dos anos, criaram um número e nos deram uma concepção do tempo, e o poder de indagar sobre a natureza do Universo." (1).
Na antiguidade o tempo vai ser estudado, entre outros, pelos gregos do século IV aC: Platão, que concebe o tempo contínuo produzido pela rotação dos corpos celestes, e Aristóteles, que pensa o tempo como um coadjuvante no estudo do movimento. E, na Idade Média, podemos destacar Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274), que concebem que o tempo foi criado junto com o Universo. Já no início do século XVII, no alvorecer da física clássica, encontramos Galileu (1564-1642) que, rompendo com a física aristotélica, incorpora definitivamente o tempo como protagonista no estudo – agora matematizado – do movimento, abrindo o caminho para o espaço e o tempo newtonianos.
TEMPO ABSOLUTO X TEMPO RELATIVO: ORIGENS MAIS RECENTES
A bem conhecida metáfora do espaço e do tempo compondo o palco onde se desenrolam os fenômenos físicos sintetiza com fidelidade o papel por eles desempenhado no teatro newtoniano do mundo. Para Isaac Newton (1642-1727), espaço e tempo têm existência independente dos objetos e dos fenômenos físicos. Além disso, ele diferencia nos Principia tempo absoluto de tempo relativo, sendo o último uma medida do primeiro:
"I - O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e da sua própria natureza, flui uniformemente sem relação com qualquer coisa externa e é também chamado de duração; o tempo relativo, aparente e comum é alguma medida de duração perceptível e externa (seja ela exata ou não uniforme) que é obtida através do movimento e que é normalmente usada no lugar do tempo verdadeiro, tal como uma hora, um dia, um mês, um ano." (2).
Assim, o tempo absoluto de Newton, que não tem relação com qualquer coisa externa, é uma pura abstração. É interessante, também, notar como a noção de um fluir uniforme permanece, até os nossos dias, bastante presente na visão comum sobre o tempo. Contemporâneo de Newton, Gottfried W. Leibniz (1646-1716) contrapôs-se a essa visão, defendendo que o tempo não poderia ter existência independente das coisas materiais. O tempo deveria ser algo relativo, e não absoluto, pois o concebemos a partir da ordem sucessiva das coisas. Em uma longa correspondência mantida durante os anos de 1715 e 1716 com Samuel Clarke, discípulo de Newton, Leibniz trata dessa e de outras questões referentes ao seu pensamento filosófico e religioso:
"Quanto a mim, deixei assentado mais de uma vez que, a meu ver, o espaço é algo puramente relativo, como o tempo; a saber, na ordem das coexistências, como o tempo na ordem das sucessões. De fato, o espaço assinala em termos de possibilidade uma ordem das coisas que existem ao mesmo tempo, enquanto existem junto, sem entrar em seu modo de existir. E quando se vêem muitas coisas junto, percebe-se essa ordem das coisas entre si." (3).
Leibniz é considerado um precursor das críticas ao tempo absoluto da mecânica, retomadas no século XIX por Ernst Mach (1838-1916), cuja obra influenciou fortemente o pensamento de Einstein.
Mach publicou em 1883 um importante tratado sobre o desenvolvimento histórico da mecânica, no qual a possibilidade de um tempo absoluto é negada. Para o cientista alemão, a própria idéia de tempo é uma abstração, à qual chegamos pela variação das coisas. Não podemos afirmar, por exemplo, que o movimento de um pêndulo ocorre no tempo. Percebemos esse movimento quando comparamos as sucessivas posições do pêndulo com outros pontos (na Terra, por exemplo). Ainda que esses pontos não existissem, a comparação seria possível por meio de nossos pensamentos e sensações, que seriam diferentes em cada momento. Para Mach, a nossa representação do tempo surge a partir de uma correspondência entre o conteúdo de nossa memória e o conteúdo de nossa percepção.
Em sintonia com isso, um movimento só seria interpretado como uniforme quando comparado a outro movimento, também uniforme:
"A questão de que um movimento seja uniforme em si não tem nenhum sentido. Muito menos podemos falar de um "tempo absoluto" (independente de toda variação). Este tempo absoluto não pode ser medido por nenhum movimento, não tem pois nenhum valor prático nem científico; ninguém está autorizado a dizer que sabe algo dele; não é senão um ocioso conceito metafísico." (4).
Mach não endereçava suas críticas somente aos conceitos de espaço e tempo da mecânica de Newton, mas pretendia reformular toda a ciência da mecânica a partir apenas de conceitos relacionais, ou seja, que não envolvessem quantidades absolutas.
O TEMPO NA TEORIA DA RELATIVIDADE Não foi no contexto de uma crítica a esses conceitos que surgiu o conceito de tempo relativo em 1905, com a Teoria da Relatividade Especial (TRE) de Albert Einstein (1879-1955). O problema original de Einstein era compatibilizar o eletromagnetismo clássico, na formulação de Maxwell-Lorentz, com o princípio da relatividade da mecânica, segundo o qual as leis da Física devem ser invariantes segundo uma transformação de coordenadas entre sistemas inerciais de referência. Ao buscar uma solução para esse problema, Einstein estabeleceu como postulado básico a constância da velocidade da luz no vácuo (c), conforme medida por qualquer sistema de referência inercial. Isso o levou a redefinir espaço e tempo para tornar essa premissa – e as equações de Maxwell – compatíveis com o princípio da relatividade. Surge a partir daí uma nova entidade: o espaço-tempo. Nele, medidas de tempo ou espaço não podem mais ser consideradas independentemente.
Consideremos, por exemplo, um determinado evento com coordenadas espaço-temporais (x,y,z,t) relativas a um referencial inercial K. As coordenadas (x',y',z',t') desse mesmo evento, relativas a outro sistema de referência inercial K', que se desloca com velocidade constante V em relação ao primeiro sistema, não obedecerão mais as Transformações de Galileu da mecânica clássica, mas sim as Transformações de Lorentz (ver box Mecânica clássica x relatividade). O intervalo de tempo entre dois eventos, medido num dos sistemas de referência, deixa de ser absoluto. Isso leva a uma relativização do conceito de simultaneidade, que passa a depender do sistema de referência do observador. Com essas novas idéias, Einstein introduz a dilatação do tempo:
"Consideremos agora um relógio que marque segundos e que se encontra em repouso no ponto inicial (x' = 0) de K'. Consideremos t' = 0 e t' = 1 duas batidas consecutivas deste relógio. Para estas duas batidas, a [quarta equação] das transformações de Lorentz [fornece]:
Observado a partir de K, o relógio está em movimento com a velocidade V; em relação a este corpo de referência, entre duas de suas batidas transcorre não um segundo, mas sim segundos, portanto um intervalo de tempo um pouco maior.
Como conseqüência do seu movimento, o relógio anda um pouco mais lento do que no estado de repouso." (5).
Dessa forma, a TRE problematizou nossa noção senso comum de presente. O que é o agora se o tempo é relativo? O que é passado e futuro se eventos que já ocorreram num referencial ainda não foram detectados em outro?
Por outro lado, o espaço-tempo é afetado pela presença da matéria. Para incorporar a gravitação no contexto da Relatividade, Einstein apresenta em 1916 sua Teoria da Relatividade Geral (TRG) que, entre outras coisas, estabelece a equivalência entre movimentos acelerados e a presença de campos gravitacionais. Nesse novo contexto, a estrutura do espaço-tempo é dada por sua métrica, sendo esta afetada pelo conteúdo material do Universo, ou seja, já não se pode fazer uma distinção entre conteúdo e continente (o que era válido tanto na mecânica clássica quanto na TRE).
A TRG prevê uma outra dilatação do tempo na presença de um campo gravitacional. Relógios (ou processos atômicos) próximos à superfície da Terra, por exemplo, andam mais lentamente do que outros situados a grandes altitudes. Embora neste caso a diferença seja bastante pequena, experimentos para detectar tal variação já foram realizados com sucesso. No entanto, as principais conseqüências e aplicações da TRG encontram-se no âmbito da cosmologia.
Os diversos modelos cosmológicos surgidos com a TRG levam a teorias e especulações sobre a origem do tempo e a idade do Universo. Dentro do chamado modelo padrão, que estabelece a existência de um Big Bang há cerca de 15 (20? 10?) bilhões de anos, a partir do qual o Universo conhecido iniciou uma expansão que perdura até hoje, questiona-se se o próprio tempo nasceu na grande explosão.
Outro aspecto bastante explorado, principalmente em artigos e livros de divulgação, é o fato da TRG não proibir as chamadas viagens no tempo, ou seja, deformações espaço-temporais que permitam a um viajante (uma partícula subatômica, por exemplo) percorrer uma trajetória (do tipo-tempo) fechada. Essa possibilidade teórica remete-nos imediatamente a paradoxos que desafiam nossa interpretação, como a possibilidade de alteração do passado.
UM POUCO SOBRE IRREVERSIBILIDADE Se em nosso dia-a-dia sabemos que o tempo não volta atrás, as teorias físicas parecem relutar a dar uma explicação consensual a esse respeito. A Mecânica Clássica, a Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica são teorias reversíveis temporalmente, ou seja, teorias cujas estruturas matemáticas não fazem distinção entre t e –t. Dito de outro modo, isso significa que se filmássemos um sistema puramente mecânico, por exemplo, como um pêndulo que oscila sem atrito, e exibíssemos o filme de trás para frente, seríamos incapazes de diferenciar as duas situações (ambas obedeceriam às mesmas leis físicas). De modo semelhante, as equações de Maxwell também não distinguem o passado do futuro, permitindo que ondas eletromagnéticas avancem ou retrocedam no tempo sem distinção. Um átomo que absorve um fóton pode ser visto como o inverso temporal de um átomo que emite um fóton. Etc.
Também um dos princípios mais fundamentais da Física – o da conservação da energia – não diferencia um sentido preferencial para o tempo. Se víssemos os pedaços de uma xícara, que se quebrou ao cair da mesa, juntarem-se espontaneamente e reconstituírem-na, isso não violaria em nada o princípio de conservação da energia. O que nos faz, então, diferenciar o passado do futuro, e atribuir uma irreversibilidade aos fenômenos físicos?
Historicamente, a irreversibilidade sempre esteve associada à 2ª Lei da Termodinâmica e à idéia de entropia (grandeza vinculada ao número de microestados de um sistema compatíveis com um determinado macroestado, e cujo valor sempre cresce na direção do equilíbrio termodinâmico). Segundo uma tradição que se iniciou no século XIX com Ludwig Boltzmann (1844-1906), considerado o fundador da mecânica estatística, e continuou ao longo do século XX, principalmente nos trabalhos de Hans Reichenbach e Adolf Grünbaum, o aumento da entropia nos sistemas chamados quase-isolados, e a conseqüente irreversibilidade física, podem ser explicados por considerações de natureza probabilística: haveria uma maior probabilidade de ocorrência de determinados estados microscópicos compatíveis com a evolução futura do sistema no sentido da entropia crescente, em contraposição a uma probabilidade quase nula de ocorrência de outros estados, correspondentes a um conjunto de condições iniciais preciso, que levasse à reversibilidade.
Mais modernamente, o estudo dos sistemas dissipativos e da termodinâmica, longe do equilíbrio, trouxe novas idéias para o centro desse debate. Os defensores da irreversibilidade afirmam que as equações não-lineares que regem tais sistemas introduzem uma flecha do tempo, e que há correlações (no nível microscópico) que permitiriam descrever de forma assimétrica (em relação ao tempo) os sistemas mais elementares tratados pela mecânica estatística.
Seria a flecha do tempo resultado de algum processo mais elementar na natureza? A Física de Partículas Elementares parece responder sim a essa indagação. Ao menos é o que indica o estudo de um tipo de méson criado em colisões nucleares, chamado káon. O káon neutro (ou K0) transforma-se espontaneamente na sua antipartícula (antikáon ou K-0), e vice-versa. Embora a transformação káon-antikáon seja simétrica à transformação antikáon-káon, o káon permanece mais tempo como antikáon do que como káon. Essa assimetria sugere a existência de uma flecha do tempo no mundo das partículas elementares, privilegiando um dos processos de decaimento ao invés do outro. Os físicos nucleares afirmam que isso poderia, inclusive, explicar o predomínio no Universo da matéria sobre a antimatéria.
Vejam a que ponto chegamos em nossa discussão! A questão do tempo na física é tão fundamental e vasta que abrange praticamente todas as suas subáreas, da Física de partículas à cosmologia. E, é claro, transcende a própria Física, instigando filósofos, e alimentando o imaginário de poetas, escritores e artistas em geral. É o sempre eterno mistério do tempo...
E O MUNDO QUÂNTICO?
Tempo e energia compõem uma das relações de incerteza de Heisenberg (DEDt ³ h/2), desigualdade para a qual há diversas interpretações, todas de acordo com a idéia mais geral de que estas grandezas não podem ser, simultaneamente, conhecidas com precisão arbitrária.
O indeterminismo quântico, expresso nessa relação, deixa sem resposta questões do tipo: quanto tempo leva um elétron para ir de um nível de energia a outro? Quando ele salta? O princípio da incerteza não nos permite observar o átomo no momento exato de um decaimento, nem determinar sua duração. A teoria fornece a duração média de um estado excitado, mas não diz quando um átomo específico irá decair. E não podemos esquecer que tudo o que pode ser dito no mundo quântico refere-se ao que pode ser medido, segundo arranjos experimentais determinados. Quando falamos do tempo, por exemplo, devemos ter em mente relógios reais, também sujeitos à imprecisão quântica.
Embora o indeterminismo também se aplique ao tempo, cabe apontar que ele é um parâmetro numérico no formalismo quântico, diferentemente de outros observáveis (como posição, momento e energia), representados na teoria por operadores.
Uma outra questão que envolve a noção temporal na mecânica quântica diz respeito aos chamados "efeitos não-locais", cuja origem histórica pode ser considerada a apresentação do paradoxo de Einstein, Podolsky e Rosen (EPR) em 1935, clímax do famoso debate Einstein-Bohr sobre os fundamentos da teoria quântica. No argumento teórico de EPR, dois sistemas quânticos que interagiram no passado encontram-se agora separados por uma grande distância. O paradoxo consistiria no fato de que a modificação de um dos sistemas implica uma mudança instantânea (Dt = 0) do outro, o que significaria uma transmissão de informação a uma velocidade maior do que c, contradizendo a Teoria da Relatividade.
Entretanto, resultados experimentais recentes evidenciaram que o tipo de correlação não-local parece ocorrer de fato. Arranjos experimentais denominados "apagadores quânticos" lidam com efeitos não-locais absolutamente estranhos a nossa intuição comum, onde parece ser possível alterar o passado.
A MEDIDA DO TEMPO
O nosso padrão de medida do tempo, que desde a antiguidade tinha como referência o movimento de rotação da Terra (1 segundo = 1/86.400 de um dia), passou, com o advento dos relógios atômicos em meados do século passado, a ser referenciado no mundo sub-microscópico regido pelas leis quânticas. Em 1967 o segundo foi redefinido como sendo igual a 9.192.631.770 períodos da radiação emitida ou absorvida na transição entre dois níveis hiperfinos do átomo de Césio-133.
Num relógio atômico típico, utiliza-se um campo magnético apropriado para selecionar, de um feixe de vapor de Césio, aqueles átomos capazes de absorver microondas de uma dada freqüência fundamental v0. Após atravessar o campo de microondas, os átomos que sofreram a transição desejada são desviados por outro campo magnético em direção a um detector. Um circuito de retro-alimentação é usado para maximizar o número de átomos que chegam ao detector, regulando a freqüência de microondas cada vez que esse número diminui. Dessa forma, essa freqüência é mantida ajustada, dentro da maior precisão possível, àquela freqüência v0. Acopla-se a esse campo de microondas um dispositivo eletrônico (divisor de freqüências) que, essencialmente, faz a contagem dos pulsos, gerando pulsos temporais. Dessa forma, por mais distante que isso possa parecer de uma compreensão senso comum do que é um segundo, estabelece-se a relação 9.192.631.770 períodos da radiação = 1 segundo (uma série de experimentos realizados entre 1955 e 1958 relacionou a freqüência v0 com o segundo, conforme definido astronomicamente à época).
Em diversos laboratórios espalhados ao redor do mundo, relógios atômicos formam (e controlam) uma escala de tempo chamada Tempo Atômico Internacional (TAI). A coordenação de um tempo internacional, baseado nessa escala, é de responsabilidade do Bureau Internacional de Pesos e Medidas, sediado na França. Há ainda outras escalas de tempo, baseadas no movimento de rotação da Terra, e que são mantidas coordenadas com o TAI por meio de uma outra escala, denominada Tempo Universal Coordenado (UTC).
André Ferrer P. Martins é mestre em Ensino de Física, da FEUSP/IFUSP
João Zanetic é professor do IFUSP e doutor em Educação pela FEUSP
Notas e referências
1 Ferris, T. O despertar da via láctea. Campus: Rio de Janeiro,1990, , p. 3.
2 Newton, I. Principia: princípios matemáticos de filosofia natural - Vol.I (Trad. Trieste Ricci et al.), São Paulo: Nova Stella / EDUSP, 1990, pp. 6-7.
3 Leibniz, G.W. Correspondência com Clarke - coleção "Os pensadores" (Trad. Carlos Lopes de Mattos), São Paulo: Abril Cultural, 2ª edição, 1983, p. 177.
4 Mach, E. Desarrollo historico-critico de la mecanica (Trad. Jose Babini), Buenos Aires: Espasa - Calpe, 1949, p.190 – tradução nossa.
5 Einstein, A. A teoria da relatividade especial e geral (Trad. Carlos Almeida Pereira), Rio de Janeiro: Contraponto, 1999, pp. 36-7.
Bibliografia consultada
Martins, A.F.P. O ensino do conceito de tempo: contribuições históricas e epistemológicas (Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, IFUSP/FEUSP, São Paulo, 1998).
Davies, P. O enigma do tempo (Trad. Ivo Korytowski), Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Itano, W. M. E Ramsey, N. F. Scientific American 269, 46, 1993.
Na internet: http://www.nist.gov/ ; http://www.bipm.org/ ; http://www.inmetro.gov.br/
Outros livros de interesse:
Coveney, P. E Highfield, R. A flecha do tempo (Trad. J. E. Smith Caldas), São Paulo: Siciliano, 1993.
Hawking, S.W. Breve história do tempo (Trad. Ribeiro da Fonseca), Lisboa: Gradiva, 4ª edição, 1996.
Prigogine, I. E Stengers, I. Entre o tempo e a eternidade (Trad. Roberto L. Ferreira), São Paulo: Cia das Letras, 1992.
Whitrow, G.J. O tempo na história: concepções do tempo da pré-história aos nossos dias (Trad. Maria Luiza X. de A. Borges), Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
CONCEITO DE TEMPO (Espiritualidade)
POR:
Roberto C. P. Júnior
O tempo... Como definir essa grandeza? A resposta não é óbvia. Requer uma análise mais aprofundada, coisa que hoje pouca gente se dispõe a fazer... por falta de tempo. Tempo consumido quase que inteiramente na luta pela vida, na batalha diária que se estende durante anos, décadas, até a gloriosa apoteose: a autocondecoração com a medalha de "vencedor", comenda que outorga ao agraciado o direito de desfrutar do ócio caseiro com a consciência do dever cumprido. Abrigado nessa última trincheira ele poderá então, finalmente, aproveitar o tempo.Verdade é que durante o desenrolar dessa peleja cotidiana, dessa insana lufa-lufa, conseguimos reservar algumas horas semanais para o lazer e o descanso, mas não para meditar nas questões cruciais da vida. Para essas coisas não dispomos de tempo algum, não podemos absolutamente perder tempo com isso."Assunto de filósofos!", dirão muitos num estalo e com o passo apertado, sorriso nos lábios e olhos no relógio. E assim vamos todos nós, os não filósofos empedernidos, a correr pela vida afora, sem vivê-la, sem vivenciá-la realmente, sem extrair dela os ensinamentos e reconhecimentos que nos possibilitariam crescer como espíritos humanos que somos.Comemos, bebemos e dormimos, exatamente como um rebanho bovino. Talvez um pouco mais, pois também estudamos compulsoriamente, trabalhamos mecanicamente e nos divertimos sofregamente. Assim como é de se esperar de um rebanho humano. Mas será que a vida se esgota nisso? Em despender algumas décadas nessas atividades gregárias e só? E o espírito humano? Que faz ele nesse espaço de tempo tomado integralmente pelas necessidades corpóreas tão prioritárias?Antes de responder a essas perguntas vamos tentar compreender a natureza propriamente do tempo. De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, espaço e tempo estão interligados. Em velocidades próximas à da luz, a massa de um corpo aumenta de forma perceptível, o espaço se contrai e o tempo passa mais devagar.O tempo passa mais devagar? Como é possível isso? Pode o ritmo do tempo alterar sua pulsação sob determinadas circunstâncias? O tempo, aliás, pulsa realmente?Na infância tínhamos a nítida impressão de que o tempo, de fato, passava mais devagar. Decorria uma eternidade até o período de férias chegar; o Natal, sempre ansiosamente aguardado, era um evento que se repetia mui raramente; o dia do aniversário, então, parecia mais um golpe de sorte quando finalmente despontava.À medida que crescemos a história se inverte. Parece que o tempo se acelera. Mal repetimos nossas imutáveis resoluções definitivas de ano novo e as semanas e meses já iniciam sua desabalada carreira. Quando nos damos conta já estamos prestes a ultrapassar o primeiro semestre, para logo em seguida nos surpreendermos com os primeiros acordes natalinos. E apesar dessa mudança de percepção, sabemos que as intermináveis horas da infância contêm os mesmos fugazes 60 minutos da fase adulta. Como se explica isso?Explica-se pela vivência. É a vivência do ser humano que muda a partir de certa idade, e não o tempo. O tempo não muda. Os movimentos dos ponteiros do relógio apenas registram numericamente a nossa passagem dentro do tempo. O tempo não passa, nós é que passamos dentro dele.Vamos tomar um exemplo. O registro da passagem de uma pessoa pela Terra pode ser medido em um bem determinado número de anos. Digamos, setenta. Mas isso não significa que esta pessoa tenha vivido tanto quanto uma outra com o mesmo registro de anos. O registro é igual, mas a vivência é diferente. E o que conta realmente, como verdadeira riqueza, como único lucro e substrato da existência terrena, é a vivência. Assim, com base no que foi vivenciado a primeira pessoa pode ter vivido de fato mais de cem anos, enquanto que a segunda, talvez, não mais de 30 anos.Quanto maior mobilidade apresentar um espírito humano, quanto mais vigilante e atuante for, tanto mais ele vivenciará num mesmo espaço de registro de tempo. Exteriormente isso se mostra como uma aparente dilatação temporal, isto é, para determinada pessoa o tempo parece "esticar", de forma a permitir que ela faça tudo a que se propusera. Interiormente, porém, dá-se o contrário. Para aquela mesma pessoa o tempo parece "voar", de modo que mal consegue utilizá-lo como gostaria na consecução de seus objetivos. Contudo, não foi o tempo que voou com tamanha rapidez, e sim a própria pessoa é que atuou diligentemente dentro dele. Foi ela que "voou" dentro do tempo, e por isso, somente por isso, ele pareceu ter passado tão rápido. Conta-se que no fim da vida Leonardo da Vinci se queixou de não ter tido tempo suficiente para fazer tudo quanto queria...Podemos colher um sem-número de outros exemplos dessa relatividade na percepção do tempo. Basta que estejamos profundamente compenetrados em alguma atividade importante, ou mesmo absorvidos pelo enredo de um bom filme, e o tempo "voa" novamente. Por outro lado, enquanto estamos presos à cadeira do dentista parece que descobrimos ali o conceito de eternidade.O tempo está, de fato, indissoluvelmente interligado ao espaço. Tempo-espaço é o binômio concedido a cada criatura para o seu desenvolvimento, esteja ela ainda na Terra ou em qualquer outra parte da Criação. Contudo, o tempo não se altera. Ele permanece parado. O que muda é a percepção que temos dele, segundo nossa própria mobilidade espiritual e terrena.Mesmo aqui na Terra notamos, então, uma mudança na velocidade de assimilação dos fatos a partir da adolescência. A partir daí o tempo parece correr mais rápido, porque é nessa época que o espírito passa a atuar. Quando o corpo terreno atinge um determinado estado de maturação, o espírito dentro dele passa a se fazer valer plenamente, e então as vivências se intensificam.O simples início natural e automático da atuação espiritual já é, pois, suficiente para alterar a percepção do tempo, mesmo que em escala reduzida. Contudo, na quase totalidade das pessoas o espírito não atua como deveria a partir dessa época. Ao invés de se manter no comando da situação, conforme seria de se esperar e como é, aliás, sua função, o espírito se curva às imposições do intelecto, excessivamente estimulado e unilateralmente desenvolvido já no início da segunda década de vida. A vontade espiritual não consegue se sobrepor à intelectiva, e assim o espírito, que é tudo no ser humano, que é o próprio ser humano, torna-se escravo do seu raciocínio, um mero instrumento dado a ele para sua utilização durante a vida terrena.Por isso, toda essa correria da vida moderna não constitui nenhuma vivência para o espírito. Toda essa aparente riqueza de experiências cotidianas é, tão-só, fruto da atividade cerebral, que naturalmente só pode encontrar valor em coisas materiais, visíveis e palpáveis, inteiramente consentâneas com o conceito terreno de espaço e tempo. O que se acha além do espaço-tempo terreno o cérebro humano, pela sua própria constituição, não é capaz de compreender, enquanto que o espírito, único capacitado para isso, encontra-se por demais fraco e sonolento para assumir esta tarefa.E assim o ser humano atravessa a vida, celeremente, sem se preocupar em saber quem ele é, sem saber de onde vem e qual a finalidade da sua existência. Pior: passa pela vida sem mesmo procurar saber como deve proceder para poder continuar existindo na Criação. Nada disso tem importância para ele, o espírito adormecido no esquife intelectual.Se o espírito do ser humano atuasse como deveria, suas vivências seriam incomensuravelmente mais ricas. Transformar-se-iam imediatamente em reconhecimentos duradouros, indeléveis, e com isto em evolução. E a própria ciência também não precisaria mais esforçar-se paroxisticamente em esticar a vida em alguns poucos anos, pois poderíamos facilmente vivenciar séculos durante nossa curta passagem pela Terra.
Roberto C. P. Júnior é espiritualista, mestre em engenharia e autor do livro on-line "Vivemos os Últimos Anos do Juízo Final" (http://www.library.com.br/Filosofia/index.htm)
Roberto C. P. Júnior
O tempo... Como definir essa grandeza? A resposta não é óbvia. Requer uma análise mais aprofundada, coisa que hoje pouca gente se dispõe a fazer... por falta de tempo. Tempo consumido quase que inteiramente na luta pela vida, na batalha diária que se estende durante anos, décadas, até a gloriosa apoteose: a autocondecoração com a medalha de "vencedor", comenda que outorga ao agraciado o direito de desfrutar do ócio caseiro com a consciência do dever cumprido. Abrigado nessa última trincheira ele poderá então, finalmente, aproveitar o tempo.Verdade é que durante o desenrolar dessa peleja cotidiana, dessa insana lufa-lufa, conseguimos reservar algumas horas semanais para o lazer e o descanso, mas não para meditar nas questões cruciais da vida. Para essas coisas não dispomos de tempo algum, não podemos absolutamente perder tempo com isso."Assunto de filósofos!", dirão muitos num estalo e com o passo apertado, sorriso nos lábios e olhos no relógio. E assim vamos todos nós, os não filósofos empedernidos, a correr pela vida afora, sem vivê-la, sem vivenciá-la realmente, sem extrair dela os ensinamentos e reconhecimentos que nos possibilitariam crescer como espíritos humanos que somos.Comemos, bebemos e dormimos, exatamente como um rebanho bovino. Talvez um pouco mais, pois também estudamos compulsoriamente, trabalhamos mecanicamente e nos divertimos sofregamente. Assim como é de se esperar de um rebanho humano. Mas será que a vida se esgota nisso? Em despender algumas décadas nessas atividades gregárias e só? E o espírito humano? Que faz ele nesse espaço de tempo tomado integralmente pelas necessidades corpóreas tão prioritárias?Antes de responder a essas perguntas vamos tentar compreender a natureza propriamente do tempo. De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, espaço e tempo estão interligados. Em velocidades próximas à da luz, a massa de um corpo aumenta de forma perceptível, o espaço se contrai e o tempo passa mais devagar.O tempo passa mais devagar? Como é possível isso? Pode o ritmo do tempo alterar sua pulsação sob determinadas circunstâncias? O tempo, aliás, pulsa realmente?Na infância tínhamos a nítida impressão de que o tempo, de fato, passava mais devagar. Decorria uma eternidade até o período de férias chegar; o Natal, sempre ansiosamente aguardado, era um evento que se repetia mui raramente; o dia do aniversário, então, parecia mais um golpe de sorte quando finalmente despontava.À medida que crescemos a história se inverte. Parece que o tempo se acelera. Mal repetimos nossas imutáveis resoluções definitivas de ano novo e as semanas e meses já iniciam sua desabalada carreira. Quando nos damos conta já estamos prestes a ultrapassar o primeiro semestre, para logo em seguida nos surpreendermos com os primeiros acordes natalinos. E apesar dessa mudança de percepção, sabemos que as intermináveis horas da infância contêm os mesmos fugazes 60 minutos da fase adulta. Como se explica isso?Explica-se pela vivência. É a vivência do ser humano que muda a partir de certa idade, e não o tempo. O tempo não muda. Os movimentos dos ponteiros do relógio apenas registram numericamente a nossa passagem dentro do tempo. O tempo não passa, nós é que passamos dentro dele.Vamos tomar um exemplo. O registro da passagem de uma pessoa pela Terra pode ser medido em um bem determinado número de anos. Digamos, setenta. Mas isso não significa que esta pessoa tenha vivido tanto quanto uma outra com o mesmo registro de anos. O registro é igual, mas a vivência é diferente. E o que conta realmente, como verdadeira riqueza, como único lucro e substrato da existência terrena, é a vivência. Assim, com base no que foi vivenciado a primeira pessoa pode ter vivido de fato mais de cem anos, enquanto que a segunda, talvez, não mais de 30 anos.Quanto maior mobilidade apresentar um espírito humano, quanto mais vigilante e atuante for, tanto mais ele vivenciará num mesmo espaço de registro de tempo. Exteriormente isso se mostra como uma aparente dilatação temporal, isto é, para determinada pessoa o tempo parece "esticar", de forma a permitir que ela faça tudo a que se propusera. Interiormente, porém, dá-se o contrário. Para aquela mesma pessoa o tempo parece "voar", de modo que mal consegue utilizá-lo como gostaria na consecução de seus objetivos. Contudo, não foi o tempo que voou com tamanha rapidez, e sim a própria pessoa é que atuou diligentemente dentro dele. Foi ela que "voou" dentro do tempo, e por isso, somente por isso, ele pareceu ter passado tão rápido. Conta-se que no fim da vida Leonardo da Vinci se queixou de não ter tido tempo suficiente para fazer tudo quanto queria...Podemos colher um sem-número de outros exemplos dessa relatividade na percepção do tempo. Basta que estejamos profundamente compenetrados em alguma atividade importante, ou mesmo absorvidos pelo enredo de um bom filme, e o tempo "voa" novamente. Por outro lado, enquanto estamos presos à cadeira do dentista parece que descobrimos ali o conceito de eternidade.O tempo está, de fato, indissoluvelmente interligado ao espaço. Tempo-espaço é o binômio concedido a cada criatura para o seu desenvolvimento, esteja ela ainda na Terra ou em qualquer outra parte da Criação. Contudo, o tempo não se altera. Ele permanece parado. O que muda é a percepção que temos dele, segundo nossa própria mobilidade espiritual e terrena.Mesmo aqui na Terra notamos, então, uma mudança na velocidade de assimilação dos fatos a partir da adolescência. A partir daí o tempo parece correr mais rápido, porque é nessa época que o espírito passa a atuar. Quando o corpo terreno atinge um determinado estado de maturação, o espírito dentro dele passa a se fazer valer plenamente, e então as vivências se intensificam.O simples início natural e automático da atuação espiritual já é, pois, suficiente para alterar a percepção do tempo, mesmo que em escala reduzida. Contudo, na quase totalidade das pessoas o espírito não atua como deveria a partir dessa época. Ao invés de se manter no comando da situação, conforme seria de se esperar e como é, aliás, sua função, o espírito se curva às imposições do intelecto, excessivamente estimulado e unilateralmente desenvolvido já no início da segunda década de vida. A vontade espiritual não consegue se sobrepor à intelectiva, e assim o espírito, que é tudo no ser humano, que é o próprio ser humano, torna-se escravo do seu raciocínio, um mero instrumento dado a ele para sua utilização durante a vida terrena.Por isso, toda essa correria da vida moderna não constitui nenhuma vivência para o espírito. Toda essa aparente riqueza de experiências cotidianas é, tão-só, fruto da atividade cerebral, que naturalmente só pode encontrar valor em coisas materiais, visíveis e palpáveis, inteiramente consentâneas com o conceito terreno de espaço e tempo. O que se acha além do espaço-tempo terreno o cérebro humano, pela sua própria constituição, não é capaz de compreender, enquanto que o espírito, único capacitado para isso, encontra-se por demais fraco e sonolento para assumir esta tarefa.E assim o ser humano atravessa a vida, celeremente, sem se preocupar em saber quem ele é, sem saber de onde vem e qual a finalidade da sua existência. Pior: passa pela vida sem mesmo procurar saber como deve proceder para poder continuar existindo na Criação. Nada disso tem importância para ele, o espírito adormecido no esquife intelectual.Se o espírito do ser humano atuasse como deveria, suas vivências seriam incomensuravelmente mais ricas. Transformar-se-iam imediatamente em reconhecimentos duradouros, indeléveis, e com isto em evolução. E a própria ciência também não precisaria mais esforçar-se paroxisticamente em esticar a vida em alguns poucos anos, pois poderíamos facilmente vivenciar séculos durante nossa curta passagem pela Terra.
Roberto C. P. Júnior é espiritualista, mestre em engenharia e autor do livro on-line "Vivemos os Últimos Anos do Juízo Final" (http://www.library.com.br/Filosofia/index.htm)
Sugestão para questionamento sobre Tempo Agostiniano
Encontre as respostas para as perguntas à baixo:
01 – Que pensador cristão, nascido no norte da África, foi marcante nas reflexões medievais sobre o Tempo?
02 – Qual obra agostiniana autobiográfica contém densas reflexões sobre o Tempo?
03 – Qual das duas cidades onde Agostinho lecionou era o coração de todo do Império romano?
04 – Agostinho é também conhecido como ... de Hipona.
05 - O que, de acordo com Agostinho, era fragmentado e degradante?
06 – De acordo com o texto acima, a sucessão temporal é inferior á tudo aquilo que é...?
07, – Quais são os elementos, descontínuos entre si, que constituem o Tempo, de acordo com Agostinho?
08 – Para este pensador nascido em Tagaste, o Tempo, tal como o homem, era um...
01 – Que pensador cristão, nascido no norte da África, foi marcante nas reflexões medievais sobre o Tempo?
02 – Qual obra agostiniana autobiográfica contém densas reflexões sobre o Tempo?
03 – Qual das duas cidades onde Agostinho lecionou era o coração de todo do Império romano?
04 – Agostinho é também conhecido como ... de Hipona.
05 - O que, de acordo com Agostinho, era fragmentado e degradante?
06 – De acordo com o texto acima, a sucessão temporal é inferior á tudo aquilo que é...?
07, – Quais são os elementos, descontínuos entre si, que constituem o Tempo, de acordo com Agostinho?
08 – Para este pensador nascido em Tagaste, o Tempo, tal como o homem, era um...
Notas acerca das reflexões agostinianas sobre a natureza do Tempo
A DEGRADAÇÃO MORAL DO TEMPO:
Leandro Duarte Rust*
Aurelius Augustinus nasceu em Tagaste, cidade do norte da África, no ano de 354. Estudou em Madaura e Cartago, lecionou em Roma e Milão, onde descobriu o neoplatonismo1 e se converteu ao cristianismo. Regressando à África, foi consagrado bispo de Hipona e, desde então, aquele que outrora fora adepto da seita herética dos maniqueus,2 tornar-se-ia um incansável defensor da fé cristã, sendo posteriormente considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos do cristianismo. Agostinho morreu em Cartago em 430, enquanto a cidade era invadida por exércitos vândalos, um dos povos germânicos que integraram-se ao Império Romano através da migração ou invasão a partir de fins do século IV. Entre os anos 398-399, Agostinho escreveu sua Confissões, obra autobiográfica marcante na história do pensamento doutrinário cristão. No décimo primeiro livro da obra deparamo-nos com esta inquietante indagação: "Que é, pois, o Tempo? (...) Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar (...) já não sei". Assim, o bispo de Hipona sintetizava as dificuldades encontradas na tentativa de definir o Tempo, entretanto, apesar de tais dificuldades, nos próximos mil anos estas reflexões seriam insistentemente retomadas pelos eclesiásticos medievais sempre que tentavam definir o movimento temporal. No pensamento de Agostinho, o Tempo foi visto como tendo sido criado como qualquer animal, planta e mesmo o homem. Seria uma criatura, um "ser" como todos os demais; e como tal, tendo um princípio teria igualmente um fim, uma morte. Todavia, para o bispo de Hipona, o Tempo era um ser marcado por uma característica particular: sua existência fragmentada. Isto é, os elementos que o compõem – passado, presente e futuro – seriam descontínuos entre si, pareciam isolados, incomunicáveis. Vejamos: de acordo com o bispo de Hipona, o passado já não existe mais, pois já se sucedeu, deixou de existir; o futuro, uma vez que ainda não veio, ainda não aconteceu, também não existe; e quanto ao presente, este não passa de um ponto de Tempo sem nenhuma duração, pois na tentativa de situá-lo, cada hora poderia ser dividida em momentos, cada momento em instantes, cada instantes em parcelas ainda menores... E assim chegaríamos a uma partícula tão ínfima, tão efêmera e passageira, cuja duração tornava-se insignificante, irrelevante. O Tempo agostiniano, por ser fragmentado, parece indefinível, inapreensível; como se a condição de sua existência fosse, paradoxalmente, cessar de existir, não mais existir. Esta existência parece uma perpétua fuga, um permanente desaparecimento. Eis o Tempo com o qual se digladiou Agostinho, simultaneamente evidência e mistério: algo que somente se deixa vislumbrar ocultando-se, que só se entrega em sua perda; todos o reconhecem, mas ninguém o vê cara a cara. Daí, o sentido da interrogação citada acima. Agostinho concebeu a natureza do tempo, portanto, como um nada entre dois nadas.ra Agostinho o Tempo imprimia em tudo o que a ele estava submetido – isto é, tudo o que não se encontrava na eternidade celestial – suas qualidades. Portanto, a vida de todos os seres tornava-se uma perpétua fuga, um permanente desaparecimento que culminaria no falecimento. Cada instante temporal era tido com um agente causador de morte, afinal "... esta vida não passa de corrida para a morte. Que outra coisa se faz em cada dia, em cada hora e em cada momento até que, apurada a derradeira gota da vida, se completa a morte que se ia operando...". O movimento temporal tornava-se, desta forma, a fonte da fragilidade de tudo o que era vivo, através de sua sucessão todas as criaturas tornavam-se perecíveis, passageiras, transitórias. O Tempo tornou-se o cúmulo de uma tristeza que afligia o espírito de Agostinho: ao tornar a vida breve, limitada, incompleta, a sucessão temporal tornava-a desprezível, efêmera, de importância apenas relativa. Ao perceber o Tempo como um causador de degradação e humilhação da vida, o bispo de Hipona atribuía-lhe simultaneamente atributos morais: a sucessão temporal aparece revestida por uma reputação extremamente má; de classe inferior à eternidade, sua natureza mostra-se implacável e perversa. Para Agostinho tudo o que era dominado pelo Tempo – ou seja, tudo o que é terreno, carnal – deveria ser desprezado, renunciado. Em suma, Agostinho expressava uma degradação moral do Tempo. Estas reflexões agostinianas legaram à Idade Média uma estreita relação entre temporal, carnal, terreno, mortal e decadente. Justificava-se um dualismo entre Tempo e Eternidade que se refletia no contraste entre a carne e o espírito, entre o pecado e a salvação, e, assim, encorajava a rejeição ao mundo. O movimento temporal expressava-se através das imagens da doença, do envelhecimento, do enterramento progressivo, da esterilidade, da cegueira, da obscuridade...
Notas:* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ.
1-Doutrina filosófica cujos adeptos mesclavam idéias do misticismo oriental helenista e de outras escolas filosóficas - como o pitagorismo e o estoicismo - ao legado do pensamento de Platão. Este sistema filosófico conheceu três fases distintas: a Alexandrina (séc. II-III), tendo em Plotino o principal expoente, a Síria (séc. IV-V), iniciada por Jâmblico, e a Ateniense (séc. V-VI), representada por Proclo. Uma das idéias comuns aos neoplatônicos era que o mundo espiritual da razão, habitado pelo Absoluto inalcançável, prefeito e imaterial (o Uno), governava o mundo material e imperfeito dos homens, o qual mostrava-se um pálido reflexo do primeiro.
2- Doutrina fundada por Mani no século III, na Pérsia, que se espalhou rapidamente pelo Egito, Síria, África do Norte e Itália. Eis alguns princípios elementares: desde toda eternidade existem dois princípios, o do bem e o do mal. O primeiro se chama Deus e domina o reino da luz, o segundo chama-se Satanás, rei das trevas, a luta incessante entre ambos rege o Universo. A matéria é a portadora do mal e o espírito a fortaleza do bem.
Para saber mais
AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1990. (Parte II).
___. Confissões. São Paulo: Abril S/A., 1975.
BUSTAMANTE, Regina Maria da Cunha. Visão histórica de um cristão romanizado sobre o final do Império Romano: Agostinho de Hipona. Cadernos de História. Rio de Janeiro, n.4, p.17-24, 1987.
COMTE-SPONVILLE, André. O Ser-Tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
GILSON, Etienne & BOEHNER, Philotheus. História da Filosofia Cristã. Petrópolis: Vozes, 1985.
GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1995. Vol.1.
RICOUER, Paul. Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, 1994. Vol.1.
SCHUBACK, Márcia de Sá Cavalcante. Para Ler os medievais: ensaio de hermenêutica imaginativa. Petrópolis: Vozes, 2000.
VIDAL, F. Canals. Historia de la Filosofia Medieval. Barcelona: Herder, 1976.
Leandro Duarte Rust*
Aurelius Augustinus nasceu em Tagaste, cidade do norte da África, no ano de 354. Estudou em Madaura e Cartago, lecionou em Roma e Milão, onde descobriu o neoplatonismo1 e se converteu ao cristianismo. Regressando à África, foi consagrado bispo de Hipona e, desde então, aquele que outrora fora adepto da seita herética dos maniqueus,2 tornar-se-ia um incansável defensor da fé cristã, sendo posteriormente considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos do cristianismo. Agostinho morreu em Cartago em 430, enquanto a cidade era invadida por exércitos vândalos, um dos povos germânicos que integraram-se ao Império Romano através da migração ou invasão a partir de fins do século IV. Entre os anos 398-399, Agostinho escreveu sua Confissões, obra autobiográfica marcante na história do pensamento doutrinário cristão. No décimo primeiro livro da obra deparamo-nos com esta inquietante indagação: "Que é, pois, o Tempo? (...) Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar (...) já não sei". Assim, o bispo de Hipona sintetizava as dificuldades encontradas na tentativa de definir o Tempo, entretanto, apesar de tais dificuldades, nos próximos mil anos estas reflexões seriam insistentemente retomadas pelos eclesiásticos medievais sempre que tentavam definir o movimento temporal. No pensamento de Agostinho, o Tempo foi visto como tendo sido criado como qualquer animal, planta e mesmo o homem. Seria uma criatura, um "ser" como todos os demais; e como tal, tendo um princípio teria igualmente um fim, uma morte. Todavia, para o bispo de Hipona, o Tempo era um ser marcado por uma característica particular: sua existência fragmentada. Isto é, os elementos que o compõem – passado, presente e futuro – seriam descontínuos entre si, pareciam isolados, incomunicáveis. Vejamos: de acordo com o bispo de Hipona, o passado já não existe mais, pois já se sucedeu, deixou de existir; o futuro, uma vez que ainda não veio, ainda não aconteceu, também não existe; e quanto ao presente, este não passa de um ponto de Tempo sem nenhuma duração, pois na tentativa de situá-lo, cada hora poderia ser dividida em momentos, cada momento em instantes, cada instantes em parcelas ainda menores... E assim chegaríamos a uma partícula tão ínfima, tão efêmera e passageira, cuja duração tornava-se insignificante, irrelevante. O Tempo agostiniano, por ser fragmentado, parece indefinível, inapreensível; como se a condição de sua existência fosse, paradoxalmente, cessar de existir, não mais existir. Esta existência parece uma perpétua fuga, um permanente desaparecimento. Eis o Tempo com o qual se digladiou Agostinho, simultaneamente evidência e mistério: algo que somente se deixa vislumbrar ocultando-se, que só se entrega em sua perda; todos o reconhecem, mas ninguém o vê cara a cara. Daí, o sentido da interrogação citada acima. Agostinho concebeu a natureza do tempo, portanto, como um nada entre dois nadas.ra Agostinho o Tempo imprimia em tudo o que a ele estava submetido – isto é, tudo o que não se encontrava na eternidade celestial – suas qualidades. Portanto, a vida de todos os seres tornava-se uma perpétua fuga, um permanente desaparecimento que culminaria no falecimento. Cada instante temporal era tido com um agente causador de morte, afinal "... esta vida não passa de corrida para a morte. Que outra coisa se faz em cada dia, em cada hora e em cada momento até que, apurada a derradeira gota da vida, se completa a morte que se ia operando...". O movimento temporal tornava-se, desta forma, a fonte da fragilidade de tudo o que era vivo, através de sua sucessão todas as criaturas tornavam-se perecíveis, passageiras, transitórias. O Tempo tornou-se o cúmulo de uma tristeza que afligia o espírito de Agostinho: ao tornar a vida breve, limitada, incompleta, a sucessão temporal tornava-a desprezível, efêmera, de importância apenas relativa. Ao perceber o Tempo como um causador de degradação e humilhação da vida, o bispo de Hipona atribuía-lhe simultaneamente atributos morais: a sucessão temporal aparece revestida por uma reputação extremamente má; de classe inferior à eternidade, sua natureza mostra-se implacável e perversa. Para Agostinho tudo o que era dominado pelo Tempo – ou seja, tudo o que é terreno, carnal – deveria ser desprezado, renunciado. Em suma, Agostinho expressava uma degradação moral do Tempo. Estas reflexões agostinianas legaram à Idade Média uma estreita relação entre temporal, carnal, terreno, mortal e decadente. Justificava-se um dualismo entre Tempo e Eternidade que se refletia no contraste entre a carne e o espírito, entre o pecado e a salvação, e, assim, encorajava a rejeição ao mundo. O movimento temporal expressava-se através das imagens da doença, do envelhecimento, do enterramento progressivo, da esterilidade, da cegueira, da obscuridade...
Notas:* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ.
1-Doutrina filosófica cujos adeptos mesclavam idéias do misticismo oriental helenista e de outras escolas filosóficas - como o pitagorismo e o estoicismo - ao legado do pensamento de Platão. Este sistema filosófico conheceu três fases distintas: a Alexandrina (séc. II-III), tendo em Plotino o principal expoente, a Síria (séc. IV-V), iniciada por Jâmblico, e a Ateniense (séc. V-VI), representada por Proclo. Uma das idéias comuns aos neoplatônicos era que o mundo espiritual da razão, habitado pelo Absoluto inalcançável, prefeito e imaterial (o Uno), governava o mundo material e imperfeito dos homens, o qual mostrava-se um pálido reflexo do primeiro.
2- Doutrina fundada por Mani no século III, na Pérsia, que se espalhou rapidamente pelo Egito, Síria, África do Norte e Itália. Eis alguns princípios elementares: desde toda eternidade existem dois princípios, o do bem e o do mal. O primeiro se chama Deus e domina o reino da luz, o segundo chama-se Satanás, rei das trevas, a luta incessante entre ambos rege o Universo. A matéria é a portadora do mal e o espírito a fortaleza do bem.
Para saber mais
AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1990. (Parte II).
___. Confissões. São Paulo: Abril S/A., 1975.
BUSTAMANTE, Regina Maria da Cunha. Visão histórica de um cristão romanizado sobre o final do Império Romano: Agostinho de Hipona. Cadernos de História. Rio de Janeiro, n.4, p.17-24, 1987.
COMTE-SPONVILLE, André. O Ser-Tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
GILSON, Etienne & BOEHNER, Philotheus. História da Filosofia Cristã. Petrópolis: Vozes, 1985.
GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1995. Vol.1.
RICOUER, Paul. Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, 1994. Vol.1.
SCHUBACK, Márcia de Sá Cavalcante. Para Ler os medievais: ensaio de hermenêutica imaginativa. Petrópolis: Vozes, 2000.
VIDAL, F. Canals. Historia de la Filosofia Medieval. Barcelona: Herder, 1976.
Pesquisando "Tempo" em Wikipédia
A ampulheta é um instrumento que pode ser utilizado para medir o tempo. A concepção comum de tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração. Por influência de idéias supostamente desenvolvidas pela pedantia de Einstein (teoria da relatividade), tempo vem sendo considerado como uma quarta dimensão do contínuo espaço-tempo do Universo, que possui três dimensões espaciais e uma temporal.
Pode dizer-se que um acontecimento ocorre depois de outro acontecimento. Além disso, pode-se medir o quanto um acontecimento ocorre depois de outro. Esta resposta relativa ao quanto é a quantidade de tempo entre estes dois acontecimentos. A separação dos dois acontecimentos é um intervalo; a quantidade desse intervalo é a duração.
Uma forma de definir depois baseia-se na assumpção de causalidade. O trabalho realizado pela humanidade para aumentar o conhecimento da natureza e das medições do tempo, através de trabalho destinado ao aperfeiçoamento de calendários e relógios, foi um importante motor das descobertas científicas.
As unidades de tempo mais usuais são o dia, dividido em horas e estas, por sua vez, em minutos e estes em segundos. Os múltiplos do dia são a semana, o mês, o ano e este último pode agrupar-se em décadas, séculos e milênios.
Crianças de colo não têm a noção de tempo e adultos com certas doenças neurológicas e ou psiquiátricas podem perdê-la.
como definimos "Tempo"
Tempo pode se referir a:
Tempo - a medição de intervalos ou períodos de duração;
Tempo - em música, a relação de distância entre os acontecimentos dos sons musicais;
Tempo - em lingüística, a distinção do tempo nas línguas naturais;
Tempo - uma designação comum para um fenônemo climático;
Tempo - uma personagem de histórias em quadrinhos da Marvel Comics.
Tempo - a medição de intervalos ou períodos de duração;
Tempo - em música, a relação de distância entre os acontecimentos dos sons musicais;
Tempo - em lingüística, a distinção do tempo nas línguas naturais;
Tempo - uma designação comum para um fenônemo climático;
Tempo - uma personagem de histórias em quadrinhos da Marvel Comics.
VERBETE DA PALAVRA TEMPO
tempo
s. m. loc. adv. do Lat. Tempus
s. m., duração limitada, por oposição à ideia de eternidade;período;época;sucessão de anos, dias, horas, momentos, que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro;
meio indefinido onde se desenrolam, irreversivelmente, as existências na sua mutação, os acontecimentos e os fenómenos na sua sucessão;
certo período determinado em que decorre um facto ou vive uma personagem;oportunidade;ensejo;estação ou ocasião própria;prazo;
duração;estado atmosférico;
Mús., cada uma das partes completas de uma peça musical, em que o andamento muda;
duração de cada parte do compasso;
Gram., flexão indicativa do momento a que se refere o estado ou a acção dos verbos.
loc. adv., a -: oportunamente, em boa hora;
a dois -s, a quatro -s: ciclos de funcionamento de um motor.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
COMENTÁRIOS SOBRE TEXTOS E ATIVIDADES DO CURSO
CONSIDERAÇÕES GERAIS APÓS A LEITURA DO TEXTO no CD do Ensino Médio em Rede:
“Letramento e Capacidades de Leitura para a Cidadania” (Roxane Rojo) e 3ª VERSÃO – LER E ESCREVER DEVE SER UM COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS:
O Professor não é dono da verdade, deve orientar para vaias idéias. Para isso há necessidade de mostrar-se um leitor competente e ser apto a criar condições de leitura e escrita a seus aluno sem qualquer ambiente, virtual ou não.
O ato de ler consiste em diversos procedimentos, diferentes estratégias e capacidades (perceptuais, cognitivas, afetivas, sociais e lingüísticas) associadas sempre a uma finalidade.
Em relação aos procedimentos, podemos apresentar duas características importantes que aprendemos sobre concepção de leitura: a codificação mecânica dos signos lingüísticos e o processo de compreensão abrangente. Se um aponta para o aprendizado a partir do condicionamento estímulo-resposta, a outra, dinamicamente envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, políticos, culturais e econômicos.
Podemos dizer que com o acompanhamento de um curso é possível ir além de conteúdos significativos. É uma atividade de importância fundamental para o exercício da leitura e escrita à prática pedagógica e motivação à autonomia leitora.
Percebemos que a leitura como u processo, cujo leitor participa com aptidão, que não depende só de sua capacidade de decifrar sinais, mas também de sua capacidade de dar sentido a ele, compreende-los, levando em conta a situação do texto – o contexto de atuação, as pessoas com quem convive e as influências de diferentes linguagens.
Quanto às estratégias, devemos lembrar que a leitura se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido – seja gráfico, sonoro, gestual, imagem, acontecimento. Esse diálogo está ligado ao tempo, espaço e situação com que o leitor conhece, vive, necessita e corresponde à interação texto-leitor.
As estratégias para saber ensinar leitura ou escrita estão associadas ao ato de criar condições tanto para entender o objeto a ser lido ou a ser elaborado, como para realizar-se conforme interesses necessidades, fantasias e objetivos reais. Não basta então, propiciar acesso a livros e contato a diferentes esferas de atividades humanas, convém seguir um ritual dialógico de sentido capaz de captar algo e propor a ensiná-lo a alguém.
Para as capacidades, vimos que aprender a ler significa também aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós próprios. É importante enxergar a leitura como instrumento libertador e possível de ser compromisso de todas as áreas. É considerável estabelecer objetivos para a leitura ou para a escrita a fim de desenvolver a capacidade de compreensão e produção de vários gêneros nas diferentes esferas de circulação, contribuindo assim, para a formação de um cidadão crítico e consciente de seu papel na sociedade.A capacidade, portanto diz respeito às possibilidades de alguém construir hipóteses, reconhecer e comparar situações, estabelecer e posicionar-se sobre elementos de textos ao seu convívio.
Apesar de que, leitura e escrita ser compromisso de todas as áreas, percebemos que a área de Linguagens Códigos e suas Tecnologias foca o trabalho de leitura e escrita com especificidade: reflexão e operação de linguagem sobre a linguagem.
A escola proporciona atividades multidisciplinares para amenizar dificuldades de compreensão dos gêneros textuais, porém há necessidades ainda de promover mais a capacidade de opinar, relatar experiências e fatos como compromisso e ações contínuas de todos os segmentos. Com isso, qualquer um, não só o professor de letras, deve buscar novas aprendizagens e atualizar-se para orientar outros à exposição de diferentes idéias.
Temos certeza de que, o curso “Desenvolvendo as capacidades de leitura e escrita nas diferentes áreas do conhecimento” ou toda e qualquer atividade de leitura de gêneros, virtual, diversidade de autores vêm ao encontro das nossas necessidades em receber formação, informação e orientação para o desempenho de um leitor competente com conhecimentos e capacidades lingüísticas, discursiva, cultural e ideológica, conseqüentemente pôr em prática de acordo com os objetivos e situações das diferentes áreas.
Jales, 18 de outubro de 2007.
“Letramento e Capacidades de Leitura para a Cidadania” (Roxane Rojo) e 3ª VERSÃO – LER E ESCREVER DEVE SER UM COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS:
O Professor não é dono da verdade, deve orientar para vaias idéias. Para isso há necessidade de mostrar-se um leitor competente e ser apto a criar condições de leitura e escrita a seus aluno sem qualquer ambiente, virtual ou não.
O ato de ler consiste em diversos procedimentos, diferentes estratégias e capacidades (perceptuais, cognitivas, afetivas, sociais e lingüísticas) associadas sempre a uma finalidade.
Em relação aos procedimentos, podemos apresentar duas características importantes que aprendemos sobre concepção de leitura: a codificação mecânica dos signos lingüísticos e o processo de compreensão abrangente. Se um aponta para o aprendizado a partir do condicionamento estímulo-resposta, a outra, dinamicamente envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, políticos, culturais e econômicos.
Podemos dizer que com o acompanhamento de um curso é possível ir além de conteúdos significativos. É uma atividade de importância fundamental para o exercício da leitura e escrita à prática pedagógica e motivação à autonomia leitora.
Percebemos que a leitura como u processo, cujo leitor participa com aptidão, que não depende só de sua capacidade de decifrar sinais, mas também de sua capacidade de dar sentido a ele, compreende-los, levando em conta a situação do texto – o contexto de atuação, as pessoas com quem convive e as influências de diferentes linguagens.
Quanto às estratégias, devemos lembrar que a leitura se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido – seja gráfico, sonoro, gestual, imagem, acontecimento. Esse diálogo está ligado ao tempo, espaço e situação com que o leitor conhece, vive, necessita e corresponde à interação texto-leitor.
As estratégias para saber ensinar leitura ou escrita estão associadas ao ato de criar condições tanto para entender o objeto a ser lido ou a ser elaborado, como para realizar-se conforme interesses necessidades, fantasias e objetivos reais. Não basta então, propiciar acesso a livros e contato a diferentes esferas de atividades humanas, convém seguir um ritual dialógico de sentido capaz de captar algo e propor a ensiná-lo a alguém.
Para as capacidades, vimos que aprender a ler significa também aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós próprios. É importante enxergar a leitura como instrumento libertador e possível de ser compromisso de todas as áreas. É considerável estabelecer objetivos para a leitura ou para a escrita a fim de desenvolver a capacidade de compreensão e produção de vários gêneros nas diferentes esferas de circulação, contribuindo assim, para a formação de um cidadão crítico e consciente de seu papel na sociedade.A capacidade, portanto diz respeito às possibilidades de alguém construir hipóteses, reconhecer e comparar situações, estabelecer e posicionar-se sobre elementos de textos ao seu convívio.
Apesar de que, leitura e escrita ser compromisso de todas as áreas, percebemos que a área de Linguagens Códigos e suas Tecnologias foca o trabalho de leitura e escrita com especificidade: reflexão e operação de linguagem sobre a linguagem.
A escola proporciona atividades multidisciplinares para amenizar dificuldades de compreensão dos gêneros textuais, porém há necessidades ainda de promover mais a capacidade de opinar, relatar experiências e fatos como compromisso e ações contínuas de todos os segmentos. Com isso, qualquer um, não só o professor de letras, deve buscar novas aprendizagens e atualizar-se para orientar outros à exposição de diferentes idéias.
Temos certeza de que, o curso “Desenvolvendo as capacidades de leitura e escrita nas diferentes áreas do conhecimento” ou toda e qualquer atividade de leitura de gêneros, virtual, diversidade de autores vêm ao encontro das nossas necessidades em receber formação, informação e orientação para o desempenho de um leitor competente com conhecimentos e capacidades lingüísticas, discursiva, cultural e ideológica, conseqüentemente pôr em prática de acordo com os objetivos e situações das diferentes áreas.
Jales, 18 de outubro de 2007.
AVALIACÃO DO MODULO (1 º Mês)
Avaliação do modulo 1 (lº Mês)
Eu acredito que os objetivos propostos na primeira unidade do curso, sem duvida, foram contemplados nas atividades desenvolvidas. pois foram organizados em torno da prática de leitura e escrita proporcionando interação com o grupo e uma analise profunda nas diferentes esferas. Conheci perfis pessoais tanto do grupo como de outras pessoas na web. Aprendi o valor da expressão de opinião, dos depoimentos, do debate. Com a leitura virtual também pude verificar como são elaboradas as apresentações para transação comercial, formulários, blogs, escritos de diversos autores, de meus colegas de profissão, dentre outros. Em relação ao compartilhamento das experiências, a interação com o grupo, ou seja diferentes áreas do conhecimento è muito relevante no que diz a respeito à troca de sugestões para inovação no processo ensino aprendizagem, porque enriquece a prática pedagógica. E o contato maior com o computador durante a interação no blog proporcionou satisfação profissional e pessoal em promover a escrita e a leitura de aprendizagens adquiridas pelo curso. Sem duvida esse tipo de trabalho, metodologia foi um pouco assustador, mas sei que devo penetrar no mundo da informatização para acompanhar os alunos, que estão cada vez mais aptos com essa máquina.
O acesso à web possibilita a comunicação imediata e ao mesmo tempo a troca de informação que permite contribuir para orientar-me a trabalhar com o aluno informatizado e com o menos experiente.
As mudanças ocorridas estão centradas em relação aos conceitos de gêneros discursivos e de esferas de atividade, pois a teoria mínima de antes não me deixava compreender e explorar a leitura e escrita como faço agora, conhecendo os procedimentos, estratégias e as capacidades de leitura e escrita envolvidos no ato de ler.
Na escola, ao preparar textos para oferecer ao aluno, percebo que não basta solicitar a leitura tão somente. Eu tenho que conhecer o objeto a ser lido antes de oferecer aos alunos, devido as diferentes características de gênero, enquanto leitura que interfere no processo de compreensão, estilo e exploração das idéias.de cada um. A orientação sobre os objetivos da leitura, a forma de ler o texto, as propostas de atividades sobre textos devem ser claras e acompanhadas com questionamentos, e ainda mais informações (além das contidas no texto a ser lido). Enfim, são algumas situações pedagógicas que estou praticando na escola para que meu aluno tenha o mínimo necessário à compreensão e produção de textos.
Jales, 11 de outubro de 2007.
Eu acredito que os objetivos propostos na primeira unidade do curso, sem duvida, foram contemplados nas atividades desenvolvidas. pois foram organizados em torno da prática de leitura e escrita proporcionando interação com o grupo e uma analise profunda nas diferentes esferas. Conheci perfis pessoais tanto do grupo como de outras pessoas na web. Aprendi o valor da expressão de opinião, dos depoimentos, do debate. Com a leitura virtual também pude verificar como são elaboradas as apresentações para transação comercial, formulários, blogs, escritos de diversos autores, de meus colegas de profissão, dentre outros. Em relação ao compartilhamento das experiências, a interação com o grupo, ou seja diferentes áreas do conhecimento è muito relevante no que diz a respeito à troca de sugestões para inovação no processo ensino aprendizagem, porque enriquece a prática pedagógica. E o contato maior com o computador durante a interação no blog proporcionou satisfação profissional e pessoal em promover a escrita e a leitura de aprendizagens adquiridas pelo curso. Sem duvida esse tipo de trabalho, metodologia foi um pouco assustador, mas sei que devo penetrar no mundo da informatização para acompanhar os alunos, que estão cada vez mais aptos com essa máquina.
O acesso à web possibilita a comunicação imediata e ao mesmo tempo a troca de informação que permite contribuir para orientar-me a trabalhar com o aluno informatizado e com o menos experiente.
As mudanças ocorridas estão centradas em relação aos conceitos de gêneros discursivos e de esferas de atividade, pois a teoria mínima de antes não me deixava compreender e explorar a leitura e escrita como faço agora, conhecendo os procedimentos, estratégias e as capacidades de leitura e escrita envolvidos no ato de ler.
Na escola, ao preparar textos para oferecer ao aluno, percebo que não basta solicitar a leitura tão somente. Eu tenho que conhecer o objeto a ser lido antes de oferecer aos alunos, devido as diferentes características de gênero, enquanto leitura que interfere no processo de compreensão, estilo e exploração das idéias.de cada um. A orientação sobre os objetivos da leitura, a forma de ler o texto, as propostas de atividades sobre textos devem ser claras e acompanhadas com questionamentos, e ainda mais informações (além das contidas no texto a ser lido). Enfim, são algumas situações pedagógicas que estou praticando na escola para que meu aluno tenha o mínimo necessário à compreensão e produção de textos.
Jales, 11 de outubro de 2007.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E NÃO POSTADAS ANTERIORMENTE
AULAS DO 4º ENCONTRO
Capacidades de Leitura-
Proposta A
-Localização de informações explícitas no texto.
-Proposta B
1- Aguçar os conhecimentos prévios dos alunos.
2-Localizar informação explícita no texto.
3-Reconhecer o efeito de sentido decorrente de determinadas escolhas lexicais.
4-Estabelecer relação de causa e conseqüência entre os episódios narrados.
5- Estabelecer relações entre este texto e outros, explorando a intertextualidade.
6-Estabelecer relações entre as informações contidas no texto e o contexto histórico geral, tanto no passado quanto no presente.
7-Posicionar-se sobre fatos narrados, a partir de elementos presentes no texto.
Retomada:
Ler e escrever deve ser um compromisso de todas as áreas?
O estabelecimento de diferentes objetivos para a leitura e para a escrita interfere no processo de compreensão e produção de textos e é preciso exercê-lo em todas as áreas, porque ler e escrever é compromisso da escola. Os objetivos de todas as disciplinas, devem provocar oportunidade aos alunos de compreenderem os vários gêneros textuais nas diferentes esferas de circulação.
Então, o trabalho com a leitura e a escrita nas diferentes áreas do conhecimento contribui para a formação de um cidadão crítico e consciente de seu papel na sociedade. Deve-se envolver o trabalho de todos os professores nesse processo de leitura e escrita, que, durante a aula tecendo comentários sobre os textos lidos, possibilita ao aluno a construção de suas hipóteses e de sua autonomia em qualquer área do conhecimento.
Concordamos que no texto:
Objetivos de leitura
Quando se estabelece objetivos para a leitura e esses são passados ao aluno
1) Os obetivos de leitura interferem na forma de ler o texto.
2) Antecipar para os alunos o objetivo da atividade de leitura que irão realizar é algo que pode ajudá-los no seu processo de compreensão.
3) Compartilhar com os alunos os objetivos das atividades a serem reralizadas é algo que pode ajudar a conferir sentido às tarefas escolares.
Em Relação a:
Questão do ENEM
refazemos:
Que conhecimentos, capacidades, competências e habilidades os alunos deveriam ter desenvolvido para responder esta questão corretamente?
Os alunos deveriam ter:
1. checado as hipóteses;
2. comparado as informações;
3. produzido inferências locais e globais;
4. construção do sentido;
5.antecipação e predição;
6.definição de finalidades e metas da atividade de leitura;
7.interdiscursividade e intertextualidade.
(Resposta correta: letra E.)
AULA 27/09
Gêneros que circulam na área LCT
A disciplina de Língua Portuguesa faz um trabalho de reflexão e operação da linguagem e sobre a linguagem, porém o trabalho com leitura e escrita deve ser compromisso de todos. Principalmente quando os alunos apresentam várias dificuldades de compreensão dos gêneros que dependem da opinião deles ou de um relato.
Um exemplo seria o aluno ao contar uma experiência vivida durante uma situação, que não faça parte de seu cotidiano, ou que não tenha acesso a um jornal impresso, revista, em por isso, encontram dificuldade de fazer uma inter-relação entre os textos lidos.
Por isso a dificuldade deles vem do fato de ausência do conhecimento a alguns gêneros e, em alguns momentos, por não se tratar do objetivo de vida deles.
Capacidades de Leitura-
Proposta A
-Localização de informações explícitas no texto.
-Proposta B
1- Aguçar os conhecimentos prévios dos alunos.
2-Localizar informação explícita no texto.
3-Reconhecer o efeito de sentido decorrente de determinadas escolhas lexicais.
4-Estabelecer relação de causa e conseqüência entre os episódios narrados.
5- Estabelecer relações entre este texto e outros, explorando a intertextualidade.
6-Estabelecer relações entre as informações contidas no texto e o contexto histórico geral, tanto no passado quanto no presente.
7-Posicionar-se sobre fatos narrados, a partir de elementos presentes no texto.
Retomada:
Ler e escrever deve ser um compromisso de todas as áreas?
O estabelecimento de diferentes objetivos para a leitura e para a escrita interfere no processo de compreensão e produção de textos e é preciso exercê-lo em todas as áreas, porque ler e escrever é compromisso da escola. Os objetivos de todas as disciplinas, devem provocar oportunidade aos alunos de compreenderem os vários gêneros textuais nas diferentes esferas de circulação.
Então, o trabalho com a leitura e a escrita nas diferentes áreas do conhecimento contribui para a formação de um cidadão crítico e consciente de seu papel na sociedade. Deve-se envolver o trabalho de todos os professores nesse processo de leitura e escrita, que, durante a aula tecendo comentários sobre os textos lidos, possibilita ao aluno a construção de suas hipóteses e de sua autonomia em qualquer área do conhecimento.
Concordamos que no texto:
Objetivos de leitura
Quando se estabelece objetivos para a leitura e esses são passados ao aluno
1) Os obetivos de leitura interferem na forma de ler o texto.
2) Antecipar para os alunos o objetivo da atividade de leitura que irão realizar é algo que pode ajudá-los no seu processo de compreensão.
3) Compartilhar com os alunos os objetivos das atividades a serem reralizadas é algo que pode ajudar a conferir sentido às tarefas escolares.
Em Relação a:
Questão do ENEM
refazemos:
Que conhecimentos, capacidades, competências e habilidades os alunos deveriam ter desenvolvido para responder esta questão corretamente?
Os alunos deveriam ter:
1. checado as hipóteses;
2. comparado as informações;
3. produzido inferências locais e globais;
4. construção do sentido;
5.antecipação e predição;
6.definição de finalidades e metas da atividade de leitura;
7.interdiscursividade e intertextualidade.
(Resposta correta: letra E.)
AULA 27/09
Gêneros que circulam na área LCT
A disciplina de Língua Portuguesa faz um trabalho de reflexão e operação da linguagem e sobre a linguagem, porém o trabalho com leitura e escrita deve ser compromisso de todos. Principalmente quando os alunos apresentam várias dificuldades de compreensão dos gêneros que dependem da opinião deles ou de um relato.
Um exemplo seria o aluno ao contar uma experiência vivida durante uma situação, que não faça parte de seu cotidiano, ou que não tenha acesso a um jornal impresso, revista, em por isso, encontram dificuldade de fazer uma inter-relação entre os textos lidos.
Por isso a dificuldade deles vem do fato de ausência do conhecimento a alguns gêneros e, em alguns momentos, por não se tratar do objetivo de vida deles.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Características da Ciência
Investigação racional ou estudo da natureza, direccionado à descoberta da verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método científico– um processo de avaliar o conhecimento empírico; O corpo organizado de conhecimento adquirido por tal pesquisa. A Ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método científico. O conhecimento científico depende muito da lógica.As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões:Pura (o desenvolvimento de teorias) versus Aplicada (a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou Natural (o estudo do mundo natural) versus Social (o estudo do comportamento humano e da sociedade). Menos formalmente, a palavra ciência geralmente abrange qualquer campo sistemático de estudo ou o conhecimento obtido desse.
o que é ciência?
Ciência é atividade humana voltada para busca da verdade jutificada mediante um método.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Atividade 2 - Gêneros, objetivos e capacidades na compreensão e produção de textos
1. Para responder corretamente uma questão tipo: "Confrontando-se as informações do texto com a charge..."- uma aluno deve estar apto a identificar após a leitura:
- quem é o autor de cada texto
- que posição social os autores ocupam, registrado geralmente no rodapé de cada texto
- qual público e situação quis atingir (conhecendo o portador, tema/assunto e época de publicação).
Há necessidade de trabalhar as estratégias de leitura: lendo, acompanhando com questionamentos e informações complementares, e, retomando dificuldades para confirmação da aprendizagem.
- quem é o autor de cada texto
- que posição social os autores ocupam, registrado geralmente no rodapé de cada texto
- qual público e situação quis atingir (conhecendo o portador, tema/assunto e época de publicação).
Há necessidade de trabalhar as estratégias de leitura: lendo, acompanhando com questionamentos e informações complementares, e, retomando dificuldades para confirmação da aprendizagem.
O que é Texto? (Atividade 1 - Unidade 4)
1ª Impressão (antes da leitura dos excertos)
Texto é um elemento da escrita possivel de codificação.
2ª Impressão (depois da leitura dos excertos)
Texto é a identificação concreta, significativa, sequencial e estrutural de uma imagem.
A compreensão de um texto depende do conhecimento de um sistema de códigos e convenções, de significados, e também, da ideologia e aplicação de estilos.
Texto é um elemento da escrita possivel de codificação.
2ª Impressão (depois da leitura dos excertos)
Texto é a identificação concreta, significativa, sequencial e estrutural de uma imagem.
A compreensão de um texto depende do conhecimento de um sistema de códigos e convenções, de significados, e também, da ideologia e aplicação de estilos.
O que é um blog?
Um blog é um site de fácil utilização, onde você pode postar rapidamente o que pensa, interagir com as pessoas e muito mais. E tudo isso é GRÁTIS.
Com esse gênero consigo comunicação com outras pessoas no mundo inteiro.
Que jeito mais impressionante para treinar o ato de ler e escrever!
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